Nos fins da Segunda Guerra Mundial, intelectuais do mundo inteiro, transcendendo o sectarismo religioso, passaram a demonstrar profundo e especial interesse pela maneira Zen do homem viver a vida. Isso levou a um verdadeiro boom do Zen, que passou a atrair intensamente a atenção das pessoas. Em muitas universidades dos Estados Unidos, de Los Angeles a Cincinati, há professores publicando trabalhos minuciosos sobre zen. O Dr. Clark, do laboratório de psicologia infantil de Detroit, vem realizando trabalhos práticos sobre a utilização do Zen na terapia de distúrbios mentais, abrindo, assim, um novo caminho para o Zen. Misako Miyamoto, professora de uma universidade feminina japonesa, que realizou tais estudos na América do Norte, publicou um apanhado geral dos mesmos em Psychologia, revista internacional de psicologia do Oriente.
Nos Estados Unidos já foi ultrapassada a fase dos meros estudos e se atingiu a da utilização prática do Zen.
Considera-se, então, terminado o aprendizado de boas maneiras. Diante da ineficácia da coerção externa, procura-se levar o educado a espontaneamente manifestar o desejo de praticar boas maneiras. No seiza, a parte superior do corpo é mais importante que as pernas.
O termo Zen vem do sânscrito Dyana, que na China modificou-se para Zen, porque os chineses não conseguiam repetir a palavra Dyana, falando então Ch'anna, quando chegou ao Japão passou-se a utilizar a palavra Zen que quer dizer meditação.
Os antigos comparavam a mente à água dentro de uma vasilha, e diziam: Quando a vasilha se move a água se agita, mas quando fica imóvel o líquido fica tranqüilo. Daí a idéia da prática do seiza, que passou a ser considerado o método correto para a obtenção da tranqüilidade mental.
Isso porque, quando se está em pé, o centro de gravidade do nosso corpo se acha em posição elevada, sem estabilidade suficiente, o que acarreta um estado de inquietude mental. E, quando se deita, a estabilidade do corpo é excessiva e provoca quietude mental exagerada, gerando sonolência. Quando se dorme, obviamente não se está no estado de quietude mental visado. Quando tomamos a posição sentada, porém, obtemos o grau ideal de estabilidade física e mental, o estado de quietude mental mais conveniente.
Além da posição sentada, buscaram-se condições ideais para a obtenção da quietude mental. Verificou-se que, de olhos fechados, o praticante tem a sensação de estar balançando e se torna mais propenso ao sono. Por isso, os olhos devem ficar sempre abertos. Como não é bom que o corpo fique apertado, aconselha-se também que as vestes sejam folgadas. Recomenda-se ainda que a coluna vertebral fique rigorosamente na vertical e que seja aumentada a quantidade de ar inspirada no processo respiratório. Para isso, o ideal é a respiração abdominal
Assim, pouco a pouco os antigos foram estabelecendo a posição e as regras propícias para o seiza.
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