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quinta-feira, julho 21, 2011

A PRÁTICA DO PENSAMENTO ZEN NO KARATÊ

À medida que você se move na direção do futuro, estudando e desenvolvendo-se, quanto mais profundamente você mergulha em alguma coisa, mais insatisfeito você se sente. Isso e muito natural.
Às vezes você se sente bem, outras vezes, não se sente bem, mas não há nada errado nisso. Seja como for que você se sinta a esse respeito simplesmente caminhe nessa direção.
Quando você senta para tomar café, apenas tome-o. Quando você beber um copo d'agua, apenas beba. Quando você for praticar, apenas pratique.
Quer você se levante de manhã, quer você apenas se deite para dormir, você está sempre fazendo ou preocupado com algo. É como tentar adormecer. Se você tenta dormir, você não consegue. Quanto mais você se preocupa e mais deseja dormir, mais os seus olhos ficam abertos. Se você não consegue dormir; simplesmente aceite esse fato. Em outras palavras, não se esforce. Isso é apenas ir, apenas vir...
Executamos rituais todos os dias. Nós nos levantamos escovamos os dentes, lavamos o rosto, nos vestimos, e tudo isso são formas pelas quais podemos experimentar o Samadhi (concentração mental), uma vez que nos concentremos totalmente nelas. Para experimentarmos essa unidade e essa serenidade, não temos necessidade de nenhum ritual religioso.
Tudo o que você precisa fazer e apenas esforçar-se ao máximo libertando-se de um rótulo ou julgamento de que você é ou não capaz e do que você é ou não. Esqueça isso e faça apenas um esforço enorme. Não há absolutamente nada a atingir. Não há nada a ser alcançado. Dar tempo a si mesmo, trabalhar ativamente em direção a um objetivo, sem estabelecer um limite de até onde pretende chegar. Eliminar da mente a definição de prazo, é como retirar um peso dos ombros.
O caminho (o treino) não é um meio para um fim, ele é o próprio fim. O treino (a prática) deve ser um fim em si mesma. Se tudo o que você faz, realiza como se fosse um fim em si mesmo, então você se liberta.
Pesquisa e adaptação: Cesar Estivales
                    Baseado no livro: O Retorno ao Silêncio, de Dainin Katagiri

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