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segunda-feira, dezembro 24, 2007

ASSOCIAÇÃO CENTRO SUL DE KARATÊ OFICIAL (KI-SHIN-TAI)

Emblema da Associação Centro Sul de Karatê Oficial
(Antiga Ki-Shin-Tai, fundada em 07 de março de 1984)
DEFINIÇÃO HIERÁLDICA DO EMBLEMA
O emblema da Associação Centro Sul de Karatê Oficial (Ki-Shin-Tai), foi idealizado por seu fundador, Cesar Estivales.
É constituído do Leopardo, do Raio e do símbolo Ying e Yang. Observa-se que o raio está passando pela frente do símbolo do Ying/Yang e passando por trás do leopardo, mostrando assim, que a anergia do "KI" está em todo lugar e penetra em todas as coisas.
O RAIO aparece ao fundo, significando a energia do "KI", é a vontade do lutador e do guerreiro que nada detém. É o Kihon. A energia. O kime, (+). O espírito. O intelecto. O cérebro.
O LEOPARDO aparece sobreposto ao raio, representando os instintos disciplinados, porém sempre vigilantes, representa a Coragem e o Zanshin. É o kumite. (-). O corpo. A matéria. Os instintos. O ventre (hara).
O YING/YANG representa as forças opostas em equilíbrio dinâmico, as quais só temos noção de uma em virtude da existência da outra, aparece como sendo transparente, pois o leopardo está atrás deste. Observa-se que na sua representação, cada uma das forças opostas contém a outra em germe, representada por um ponto da cor oposta.
é O Kata. O equilíbrio. A paciência. (+ -). O infinito. A alma. O sentimento. A emoção. O coração.
Em síntese, em seu conjunto este emblema representa a Coragem, a Energia e o Equilíbrio.

A HISTÓRIA DA ASSOCIAÇÃO CENTRO SUL DE KARATÊ OFICIAL – KI-SHIN-TAI
I PARTE
A formação da Associação:Em 1980 o Prof. Cesar Estivales tinha 25 anos de idade e foi classificado em Santa Maria/RS, depois de ter acabado o Curso de Formação de Sargentos na Escola de Especialistas de Aeronáutica.
Nessa época ele era faixa marrom de Goju Ryu do Prof. Akira Tanigushi (7º Dan) e havia praticado anteriormente o estilo Shotokan/Shotokai com o Prof. Hinata, Kyokushin durante um ano com um colega soldado que era faixa preta desse estilo e também havia treinado, nos últimos dois anos, o estilo Shotokan com colegas na EEAR que eram desse estilo.
Recém chegado a Santa Maria, procurou um Dojô que praticasse o Goju Ryu, haja vista que era mais graduado nesse estilo de Karatê, mas nada encontrou na cidade, praticamente todos os karatecas de Santa Maria eram do estilo Shotokan.
Primeiramente encontrou um professor que se chamava Clóvis e que dava aulas na UNE, depois o Prof. Clóvis parou de dar aulas e então resolveu ingressar em uma academia cujo professor era faixa preta de Full Contact e faixa marrom de Shotokan.

O início das aulas:
Em 1981, na Base Aérea de Santa Maria, onde o Prof. Cesar Estivales estava servindo, um suboficial desejoso de recomeçar a treinar Karatê, teve a idéia de formar uma turma de praticantes dentro do quartel, no horário da Educação Física e colocou um aviso pra que os interessados lhe procurassem.
No dia do início dos treinamentos, esse suboficial perguntou se alguém já havia treinado Karatê anteriormente e o Prof. Estivales se manifestou dizendo que era faixa marrom de Goju Ryu e sabia pouca coisa de Shotokan. Então o suboficial disse: “Então é você quem vai dar aula, porque eu sou apenas faixa verde” e não houve argumento algum que o fizesse mudar de idéia.
O Prof. Estivales já havia dado aulas anteriormente em Canoas/RS para uma pequena turma de crianças no Clube dos Oficiais do V COMAR, quando ainda servia naquela unidade.
Então começou a ensinar o que eu sabia, de Shotokan e Goju Ryu, de forma livre como simples forma exercício e de Defesa Pessoal, sem preocupação com graduações e, assim passaram-se 3 anos. Aos poucos o Prof. Estivales foi se interessando cada vez mais pelo Shotokan.


Em 1984 o Prof. Estivales casou-se e foi morar na Vila Militar onde já moravam alguns militares que treinavam com ele dentro do quartel, os quais lhe sugeriram abrir uma turma para seus filhos e de outros militares residentes. Entretanto o Prof. Estivales percebeu que para fazer algo desse gênero ele deveria estar filiado a uma Federação que oficializasse e registrasse as graduações que deveriam ser outorgadas futuramente.


A criação da Ki-Shin-Tai:
Assim, procurou um Responsável Técnico que tivesse uma graduação mínima de Faixa Preta Terceiro Dan para que pudesse lhes dar o respaldo técnico necessário.
Foi então que o Prof. Estivales entrou em contato com o Prof. Flaubert, que na época era 5º Dan do Karatê Tradicional e o Prof. Celso Piaseski que, na época era 3º Dan. Ambos do estilo Shotokan da NKK/JKA.
Tendo trazido o Prof. Flaubert a Santa Maria, começou então a realmente modificar e aferir o seu Karatê para o estilo Shotokan, levando seus alunos para que fossem avaliados pelo Prof. Flaubert nos Exames de Graduação, tendo também prestado um rigoroso exame de graduação e aprovado como faixa preta 1º Dan, em exame prestado na Sociedade Israelita de Porto Alegre.
Um dia o Prof. Flaubert, com a finalidade de registrar os certificados de graduações dos alunos, lhe perguntou: “Qual é o nome da sua academia?” Nessa época ninguém ainda havia pensado nisso e então o Prof. Estivales procurou um nome que designasse o seu Dojô e em um livreto do Prof. Yasuyuki Sasaki, chamado O Karatê-Dô e as Filosofias do Bu-Dô, encontrou o nome e a designação das palavras "Ki", "Shin" e "Tai" que resolveu colocar como nome do seu Dojô, tendo nascido, assim, em 7 de março de 1984, a Ki-Shin-Tai.


Agora era necessário criar um distintivo para o Dojô e então encontrou a inspiração necessária em um emblema do 5º Esquadrão do 8º Grupo de Aviação, no qual havia uma Pantera Negra que usou para ilustrar de forma estilizada o Emblema do Dojô.


Desenhou, então, o Emblema em um tecido branco (o qual guarda até hoje) o qual se tornou a bandeira do Dojô Ki-Shin-Tai que era levada nas competições (nessa época havia cerca de 100 alunos ativos no âmbito da Ki-Shin-Tai, distribuídos em 4 dojôs).


Mais tarde, em 1992, por motivos de contrariedade com as regras de competição, o Prof. Estivales resolveu desligar-se do Karatê Tradicional, sem desavenças e escreveu uma carta de demissão do Karatê Tradicional ao Prof. Flaubert, explicando os seus motivos e resolveu ingressar no Karatê Oficial, sob a responsabilidade técnica do Prof. Marcos Cruz dos Reis, atual Presidente da Federação Gaúcha de Karatê.


II PARTE
O afastamento:

Em 1995 o Prof. Estivales foi transferido de Santa Maria para Porto Velho/RO e deixou a Ki-Shin-Tai nas mãos do seu aluno mais graduado na época que era o Faixa Preta Gil Ávila da Silveira, o qual por motivos particulares e outros envolvimentos não pôde levar a diante a tarefa de dirigir o Dojô, posto que na mesma época que o Prof. Estivales se ausentou de Santa Maria, o mesmo também ingressou na Aeronáutica e por falta de tempo disponível acabou tomando outros rumos alheios ao Karatê. Mesmo assim, alguns dos alunos do Prof. Gil continuaram a treinar sozinhos ou sob as orientações do Prof. Marcos que lhes dava respaldo técnico.
E isso foi o que fizeram os professores André Maraschin e Jucieli Momolli, os quais deram continuidade ao Karatê e foram os responsáveis pela KI-SHIN-TAI nunca ter se extinguido, mantendo-a ativa junto a FGK e operante em Santa Maria.


III PARTE
O retorno à Santa Maria:
Em dezembro de 2003 o Prof. Estivales finalmente retornou a Santa Maria, após ter ingressado na Reserva da FAB.

Juntamente com os Prof. André Maraschin, Jucieli Momoli e Gilson Scalabrin, decidiram transformar o Dojô Ki-Shin-Tai em uma Associação que reunisse todos os Dojôs filiados à FGK da cidade e em 7 de março de 2004 foi realizada a Reunião de Fundação da “Associação” Ki-Shin-Tai.


A designação do nome da Associação:
Entretanto, após a referida reunião o Prof. Estivales percebeu que seria necessário ter uma denominação que designasse perfeitamente, ao que se propunha a referida Associação e entendeu que Ki-Shin-Tai não seria uma boa escolha, haja vista que era o nome de um Dojô, além de ser um nome estrangeiro que somente os interessados pela língua japonesa saberiam do que se tratava.
Assim, na reunião do dia 7 de março de 2006, foi sugerido que o nome Ki-Shin-Tai fosse substituído por “ASSOCIAÇÃO CENTRO SUL DE KARATÊ OFICIAL”, o que foi aceito por unanimidade, deixando-se o nome Ki-Shin-Tai, que designa intelecto, Emoção e Instinto, entre outras coisas, como lema da Associação Centro Sul de Karatê Oficial, bem como mantido o mesmo emblema que foi adaptado para a Associação CentroSul de Karatê Oficial..
O registro da Associação Centro Sul de Karatê Oficial, foi requerido em 15 de julho de 2006 e certificado  em cartório no dia 9 de outubro de 2007.


Atualmente a Associação Centro Sul de Karatê Oficial é composta por todos os dojôs filiados à FGK e pelos núcleos do Projeto “Karatê Além do Esporte” na cidade de Santa Maria.

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