Karatê é uma palavra japonesa que significa “mãos vazias”.
Um Karateka (praticante de Karatê) utiliza, durante a sua prática as suas armas naturais, como: visão, mãos, braços, corpo, pés, e cérebro.
É uma arte altamente científica, que faz o mais eficaz uso de todas as partes do corpo com finalidades defensivas. O objetivo principal do Karatê é o aperfeiçoamento do caráter de seus praticantes, disciplinando o corpo e a mente através do seu treino.
Além de ser um excelente meio de defesa pessoal, o Karatê constitui uma forma ideal de exercício. Desenvolve a força, a velocidade, a coordenação e o reflexo, e é indicado para efeitos de valor terapêutico.
O Karatê pode ser praticado por quem o desejar, desde crianças até idosos de ambos os sexos.
Mestre Gishin Funakoshi disse: “No Karatê não existe atitude ofensiva”
Decorria o mês de Novembro do ano 1868, quando na província de Shuri, Okinawa, nasce prematuramente Gichin Funakoshi.
Decorria o mês de Novembro do ano 1868, quando na província de Shuri, Okinawa, nasce prematuramente Gichin Funakoshi.
Aos doze anos Gichin Funakoshi começa a praticar To-De (anterior designação de Karatê) sob a orientação de Yasutsune Azato, recomendado pelo seu avô Tokashiki, que era também médico da família. Funakoshi treinará com muitos outros Mestres tais como Itosu, Matsumura, Higaonna ao mesmo tempo em que vai estudando. Aos vinte anos, obtém o diploma de professor primário e começa a lecionar, sem que lhe tenha sido registrada uma única falta por doença até que abandonou a sua profissão em… 1921, para se dedicar ao ensino e divulgação do “To-De”.
Com o intuído de dar a conhecer cada vez mais esta arte, durante muitos anos conservada no segredo de famílias, Funakoshi faz uma demonstração perante o responsável escolar da sua região e mais tarde apresenta um programa por ele elaborado, para que os alunos de Okinawa possam aprender nas escolas o To-de.
A Marinha Imperial Japonesa também se mostra interessada nestas técnicas até então pouco divulgadas e é também a Gichin Funakoshi que recorrem para usufruírem dos seus ensinamentos.
É organizada então uma equipe de demonstração que percorrerá as diversas províncias de Okinawa, e mais tarde o próprio Funakoshi lidera a primeira demonstração publica de To-De fora de Okinawa, sendo depois convidado para uma demonstração frente ao príncipe herdeiro Eroito.
Todo este esforço e dedicação começam a dar os seus frutos, e no inicio de 1930 são várias as universidades que ensinam o To-De. Gichin Funakoshi pede então ao seu terceiro filho Yoshitaka (Gigo) Funakoshi para auxiliá-lo. Dentre os muitos alunos que Gichin tem, destacam-se Shigeru Egami e Nakayama.
Assumindo cada vez mais o legado de seu pai, Gigo Funakoshi, introduz a esta arte treinamentos, que se manterão até hoje tais como: Ippon Kumite, Ju Ippon Kumite, Ju Kumite e técnicas em que se destacam: Yoko Geri (kekomi e keage). As posições assumidas até então, passam também por sugestão de Gigo a ter uma postura mais baixa, fortalecendo desta forma as pernas.
Um pouco mais livre, Gichin Funakoshi tem tempo para terminar a sua obra e publica “O texto do Mestre” (karate-do Kyohan). É nesta obra que Funakoshi propõe a alteração de To-de para Karatê-Do (o caminho das mãos vazias).
Estando já o ensinamento do karaté-do profundamente enraizado na província de Okinawa, constrói-se aí então o dojo de Funakoshi. Gichin Funakoshi que além de um grande Mestre, era também conhecido por se retirar com alguma freqüência para um pinhal, onde escrevia os seus poemas inspirado no “shoto” (ondulação dos pinheiros), viu então a sua escola (kan) receber uma tabuleta com o nome – Shotokan – sem duvida uma homenagem dos seus alunos e amigos.
Desagradado com o rumo do karate-do, Gichin Funakoshi proíbe entre os seus alunos a prática de Jyu Kumite (ou combate livre), reforçando desta forma que o Karatê não é uma forma de combate ou um esporte violento.
Gichin Funakoshi o grande Mestre, por muitos considerado o pai do Karatê-Do morre a 26 de Abril de 1957. No seu túmulo, situado no templo de Engakuji, pode-se ler gravado no granito preto aquilo por que Gichin Funakoshi lutou – Karatê Ni Sente Nashi – no Karatê não existe atitude ofensiva.
Pesquisa: Cesar Estivales
Nenhum comentário:
Postar um comentário