Tradicionalmente, em um Dojô já existe o “Oni” e, mais recentemente eu denominei o “Bob”, justamente por causa daquele boneco de borracha que todos batem e ele não revida... Entretanto nunca deve-se dizer para um aluno se ele é um “Bob” ou um “Oni”.
Geralmente o “Oni” é o praticante mais enérgico, que geralmente bate forte em todos e o “Bob” é o mais fraco ou novato da academia, em quem geralmente todos conseguem acertar (por enquanto). Mas um “Bob” pode vir a se transformar em um “Oni”.
Na mitologia japonesa, o “Oni” é um humanóide(com aspecto semelhante àquelas máscaras usadas pelos guerreiros samurais) que pode ser relacionado ao kimon, a porta do demônio, através da qual os infortunados do mundo devem passar. Sua função é torturar os “pecadores” no inferno (ou no Dojô).
No Dojô, o “Oni” é só uma denominação para o aluno mais “rude ou exigente”, aquele que põe “brasas” nos pés dos outros e os faz “ficarem mais espertos” e andar para frente. Dessa forma, o Oni tem uma função benéfica, forçando os kohai que passam por ele, mostrando-lhes na prática as suas falhas e a realidade de um combate, fazendo esforçarem-se para sair da condição de “Bob”, a fim de que em combate, também adquiram a capacidade de se transformar em guerreiros com a energia de um “Oni”.
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