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quarta-feira, janeiro 30, 2008

FRAGMENTO HISTÓRICO

Logo após a restauração de Meiji, um homem chamado Motobu Tinki, demonstrando seu poderio no Karatê consegue deixar o Japão assombrado.
Um lutador russo de quase dois metros de altura estava no Japão desafiando todos os melhores lutadores locais.
Motobu Tinki sempre foi muito rebelde, esperto e desobediente, seu pai era um grande lutador e professor de Karatê, mas como uma forma de castigo, decidiu não ensinar-lhe a luta.
Observando os treinamentos do pai, através das frestas do Dojô, Motobu Tinki aperfeiçoou-se somente em um Kata, o Naifantin (conhecido como Tekki pelos japoneses), treinando sozinho ao ar livre, Motobu tornou-se um expert na luta.
Quando a família de Motobu soube do desafio russo, partiu imediatamente para o Japão com três lutadores. Motobu estava com 43 anos e iria servir de cobaia na primeira luta, mas ele já sabia até qual o golpe iria usar para eliminar seu adversário.
Nesta época os japoneses ainda não acreditavam muito no poder do Karatê e haviam reunido os melhores lutadores do Japão mestres de Aikijujitsu, Jiu Jitsu, Sumo, etc.
O russo iria lutar primeiro com Motobu. A luta começou e o russo tentou acertá-lo, mas Motobu conseguiu escapar e o acertou com um Tzuki no plexo. Após outro Tzuki no mesmo local, o russo começou a tossir e cuspir sangue e caiu estirado no chão.
A equipe russa revistou Motobu desconfiando de alguma arma escondida, mas ele estava de mãos vazias.
A multidão aclamava Motobu, o desafiante russo morreu a bordo de um navio três dias após o combate.
A partir deste combate o povo japonês começou a demonstrar interesse pelo Karatê de Okinawa e mestre Gichin Funakoshi, então pouco conhecido, logo após esse combate foi ao Japão e difundiu lá o Karatê, uma arte que trabalha o corpo e o espírito do homem.
(O verdadeiro caminho do Karatê)

segunda-feira, janeiro 28, 2008

CONSELHOS AOS INICIANTES

Os primeiros meses, na faixa branca serão de adaptação, você sentirá alguma dificuldade em executar alguns dos movimentos e posturas. Isso é normal em todos os iniciantes, porém tenha confiança em si mesmo, logo você sentirá grandes transformações em sua disposição geral, se insistir e for persistente.

Praticando com seriedade e procurando entender o verdadeiro espírito do Karatê, você aprenderá técnicas eficazes, testadas por milhares de pessoas em situações reais e conhecerá uma filosofia que influenciará positivamente a sua saúde e seu modo de pensar, que irá desenvolver sua persistência e a sua tenacidade.

Passará por situações em que enfrentará provas e testará sua coragem. Algumas vezes terá que superar a dor física e, às vezes, a dor moral e com isso aprenderá o autocontrole. Assim, conhecendo suas próprias fraquezas, tentará superá-las, mas terá que esperar por respostas que só você mesmo poderá descobrir e isso o ajudará a desenvolver a sua paciência e auto-estima.

Em suas lutas, quando vencido, ou vencedor, exercitará a sua humildade e sua integridade se tornará transparente, pois a virtude não pode ser disfarçada dentro de um Dojô, lugar aonde instintivamente vem à tona aquilo que realmente somos e isto o levará a conhecer a si mesmo, lutando e vencendo principalmente o seu pior inimigo que é você mesmo.

Todos temos um lado mau e preguiçoso e neste período, ele tenderá a manifestar-se. Ele inventará várias desculpas para fazer você abandonar o treino, desde medo de se machucar, problemas físicos, dores musculares, achar maçante, descobrir coisas mais importantes para fazer e tantas outras desculpas. Procurará mesmo fazer você não perceber os benefícios já conseguidos até o presente momento através do seu próprio esforço. Não lute contra ele! Apenas ignore-o!

A persistência, a força de vontade, a disciplina no treinamento e a assiduidade ao trabalho correto, é o segredo para superar-se e obter sucesso nos exames de graduação, assim como nas competições.

Siga os bons exemplos do Dojô, mas não fique preso às comparações. Concentre-se no seu próprio crescimento, porque cada pessoa tem seu próprio ritmo, suas dificuldades e facilidades e nem sempre quem anda mais rápido chega primeiro ao final da jornada.

O karatê é mais do que dar socos e chutes, é um modo ou filosofia de vida. O importante é avançar com dedicação disciplina, lealdade e honradez, isto é fundamental para a sua evolução individual e seu futuro dentro da arte que escolheu.

Exija sempre mais de si mesmo, mas não prenda-se às derrotas ou vitórias passadas ou futuras, só procure desenvolver constantemente a nobreza de espírito, o domínio da agressividade, a modéstia, a lealdade e o respeito para com todas as criaturas, estas são as únicas vitórias que não serão passageiras.

Nunca deixe que o desânimo ou a tristeza lhe vençam, concentre-se nos benefícios que o Karatê lhe proporciona. Neste sentido, além dos benefícios físicos já mencionados, o Karatê também lhe dará uma melhor postura, fortalecerá suas articulações, lhe dará maior elasticidade muscular, aumentará seu equilíbrio físico e emocional, seu poder de concentração mental será potencializado, a sua força de vontade será desenvolvida, diminuirá significativamente a timidez, aumentará seus reflexos e sua segurança. Enfim, o Karatê lhe ajudará a superar a surpresa, a indecisão, a dúvida, o medo e ao cansaço.

O Karatê é uma das mais completas artes marciais, você brevemente sentirá o desenvolvimento de suas qualidades de performance física, tornando-se apto para qualquer atividade que exija força, destreza, agilidade, resistência rapidez de reflexos e calma. Assim se, em algum momento você pensar em desistir, por algum motivo que não seja sua própria saúde, não o faça logo de primeira, seja pontual e sincero consigo mesmo e, ainda que estando impossibilitado de treinar vá visitar o Dojô. NÃO FALTE ÀS AULAS, resista mais tempo e, aí então, poderá tomar uma decisão com mais segurança.

Saiba que no progresso do Karatê não existem atalhos, não existem milagres, você mesmo deverá realizar o milagre em si próprio. O professor lhe dará uma fórmula, mas é você quem realizará a experiência em si mesmo. Após o terceiro ou quarto mês tudo ficará mais fácil e estimulante, e conforme o seu aproveitamento e assiduidade aos treinos você deverá logo ser convidado para realizar o seu primeiro exame de graduação.

Desejo-lhe muita força, saúde e boa sorte nos treinamentos que iremos compartilhar.
Oss!

quinta-feira, janeiro 24, 2008

O QUE É IMPORTANTE PARA VOCÊ?

Não podemos generalizar, mas não são todos os que levam as coisas a sério no Karatê, muitos são adeptos de levar tudo na “brincadeira”, eles “estão” professores ou atletas, mas não o “são”, o que para mim, demonstra um sério descaso com as coisas, ou no mínimo uma imaturidade persistente.
Como mudar essa mentalidade? Acho que temos que começar por nós.

Não sei se sou utópico por querer levar as coisas a sério, mas poucos são os que ao prestar um serviço, fazem isso de maneira muito profissional, levando a sério mesmo, considerando isso uma obrigação ou um dever.
Lembre-se: “Quem não dá assistência, abre concorrência.” Antigamente, quando alguém não gostava de alguma coisa, simplesmente interrompia sua atividade. Hoje, vai correndo procurar outra academia ou agremiação.

Atualmente, quando uma criança é colocada no Karatê por seus pais, estes lhe compram um uniforme branquinho e bonitinho e dizem que isso é a coisa mais importante do mundo, que ela deve praticar com seriedade, etc., mas depois, quando essa criança cresce, para alguns pais isso já não é tão importante assim, agora eles pensam que as coisas mudaram e os objetivos nas vidas de seus filhos também devem mudar. Isso quando não deixam, de forma mais sutil, que os planos iniciais de seus filhos definhem e morram por si mesmos, propositalmente, sem nenhum incentivo de continuidade de sua parte.
Acho que essa mentalidade deixa os adolescentes confusos e faz com que achem que nem tudo é o que parece ou, nem tudo é tão importante quanto parece inicialmente.
O que precisamos nos conscientizar é que todos devemos ter uma visão séria, comprometimento com aquilo que norteia nossas ações, desenvolver um engajamento e uma coragem persistente, pois sem isto as coisas acabarão por desaparer mesmo.

Há muito tempo li um livro, que não lembro o autor, nem a editora; mas o título me parece que era “A outra face da glória”, o qual se referia a campanha dos pracinhas na Itália, através de uma visão de um jornalista americano, que demonstra bem o tipo da mentalidade do brasileiro.
Há um trecho em que o jornalista comenta que, ficava espantado ao ver que, antes de uma missão perigosa, mesmo diante da possibilidade de morte, alguns ainda tinham disposição para fazer piadinhas e brincadeiras da situação. É lógico que no livro também há inúmeros depoimentos de austeros e disciplinadíssimos oficiais europeus e norte-americanos elogiando a coragem e a dedicação dos soldados brasileiros, mas se dependessem dos brincalhões, certamente as coisas haveriam de ser diferentes.

Sabemos que, neste país, quem se dedica exclusivamente ao Karatê está destinado a uma vida austera e de sacrifícios para poder sobreviver.
O prof.Roberto Sant Ana, relata apropriadamente em seu blog em “Um assunto seríssimo sobre dojos...”, a mentalidade de quem não leva a sério um profissional de karatê.
(http://wwwkenshuseikarate.blogspot.com/).

Talvez para alguns, a brincadeira ou a busca pelo relaxamento em uma situação séria seja um tipo de fuga, mas não para mim.
Acho pior ainda quando algumas pessoas nos cobram a seriedade e o profissionalismo mas não nos tratam como profissionais que somos.
Por exigir seriedade profissional não significa que eu tenha perdido o gosto pela vida e não queira me divertir, apenas penso que para tudo há hora e lugar.

quarta-feira, janeiro 23, 2008

BUDÔ E ESPORTE

No Karatê, não sou contra o esporte, mas sou contra “somente” ao esporte.
Mestre Nakayama disse, que o esporte é um "mal necessário" à divulgação do Karatê. Entretanto temos que lutar é para que todos percebam a diferença entre o Karatê Arte Marcial e o Karatê Competição, seja ele nas entidades que perseguem o Budô ou nas que buscam o esporte e separar uma coisa da outra para que sigam paralelas levadas adiante por seus simpatizantes.
Os sensei são os únicos responsáveis pela formação dos alunos e por não deixar que se percam as raízes do Budô nas quais o Karatê se formou, mas normalmente quem pratica apenas o Karatê Esporte, tem a tendência a se tornar um tanto indiferente à etiqueta (Reigi) que existe no Karatê, bem como quem procura o Karatê Budô, relega a um segundo plano o esporte que existe paralelo ao Karatê.Penso que o Karatê é tudo isso esporte, arte marcial, defesa, filosofia e muito mais... Entretanto, alguns só querem ver por um lado da moeda... o lado que lhe convém, ou o lado que mais se identifica, fazendo assim, um Karatê capenga.
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KUMITE
O Karate está formado indissoluvelmente pelos três "K"; Kihon, Kata e Kumite. Estes formam uma roda que está em continuo movimento, passando do Kihon ao Kata e deste ao Kumite, isto é enquanto o ensinamento se realiza circularmente ou corretamente.

Atualmente há uma certa tendência para o ensinamento linear, onde pode-se prescindir parcial ou totalmente de uma das partes, ou treinar as três porém podendo dar maior ênfase a uma delas. No caso, isto pode acontecer quando se dá prioridade à competição devido ao auge do Karatê desportivo, o que leva a treinar mais o Shiai Kumite, em detrimento do Karate tradicional.
Aqui trataremos de uma parte específica das três mencionadas, o Kumite, que é o método de treinamento das técnicas de defesa e ataque estudadas nos Kata.
O Kumite, literalmente "duelo de mãos" ou "assalto", representa a parte mais espetacular e talvez mais conhecida do Karatê. A palavra em si não representa um enfrentamento até a morte, como finalidade, mas um !encontro! onde o oponente é um adversário e não um inimigo.

Há três formas de Kumite claramente diferenciadas:

1. Desportivo (Shiai Kumite).
É um duelo sem ser, é uma simulação de luta, é uma degeneração do Karatê original, porém necessária, até certo ponto para estudar características como a distancia, a concentração, a rapidez, etc. Mesmo que não sirva para estudar as reações finais, pois na luta real o instinto se impõe à força e inclusive à técnica e naturalmente uma competição de caráter desportivo não gera os mesmos instintos.

O primeiro campeonato de Kumite e Kata foi organizado pelo mestre Nakayama em 20 de outubro de 1957, um fato relativamente recente, posto que tivesse que esperar o falecimento do mestre Funakoshi que sempre foi totalmente contrario ao Kumite. Posteriormente Nakayama compreendeu do por que da postura de seu mestre e começou a preocupar-se com as repercussões que poderia advir desse tipo de campeonatos. Preocupava-lhe que se poderiam perder muitas das variadas técnicas do Karate pelo afã de marcar pontos, e também algo muito pior, como o fato de começarem a surgir outros tipos de competições de caráter mais violento, o que viria em claro prejuízo da Arte Marcial, contrário ao que os mestres contemporâneos quiseram adotar no sentido espiritual do "Do". Desgraçadamente os temores de Nakayama não eram infundados e o primeiro deles já é uma realidade, o segundo está começando, passo à passo.

2. Tradicional
O Kumite tradicional é mais uma busca do caminho "Do", que se estuda como realização pessoal. É um combate entre dois ou mais Karatekas, é muito mais consciente que o Shiai Kumite, porém menos que o marcial.
O treinamento do Kumite necessita de uma evolução em seu estudo, qualquer das três formas passa pelas mesmas fases de trabalho e de compreensão do que se está fazendo, não esqueçamos que é da compreensão que nasce a maestria.

O estudo do Kumite tradicional está formado por quatro fases, que são:
1. No-Sen: Defesa e contra-ataque.
2. Sen-No-Sen: Um contra-ataque simultâneo ou tomar a iniciativa (Tai-No-Sen e Yo-No-Sen)
3. Iro-No-Sen: Se realiza o contra-ataque quando a intenção de ataque do oponente tenha sido formulada.
4. Kokoro-No-Sen: Não há decisão perceptível nem em um e nem em outro lutador. É impossível o ataque e a concentração é máxima.

O trabalho a realizar no Kumite tradicional passa também por várias fases de aprendizagem e treinamento.

O primeiro e muito importante é o Ippon Kumite, se realiza sobre um só passo, Tori ataca a Uke e este se defende e contra-ataca com uma técnica considerada decisiva (Shimei), esta tem que ser mortal ou deixar o oponente nocauteado.
A partir deste se realiza o Gohon Ippon Kumite, Kumite com cinco passos e Jion Ippon Kumite, com dez passos. Neste os passos são independentes, cada ataque é independente dos outros. Uke bloqueia os primeiros ataques e contra-ataca no último, se estuda a posição, a estabilidade, a potência, etc.
A fase seguinte é o estudo do Sambon Kumite, com três passos ou três ataques. O estudo aqui é diferente dos outros, troca o ritmo. Uke tem que adaptar-se a Tori, este ataca uma vez, Uke defende porém Tori não deixa que se repita a defesa e ataca outra vez muito rápido, tentando desequilibrar Uke que retrocede muito rápido e contra-ataca. O ritmo é semelhante ao da linha central do Kata Heian Shodan, primeiro 1 de logo 2 e 3 seguidos.
A terceira fase é o Jyu Ippon Kumite, é como o Ippon Kumite porém livre, sem conhecimento prévio da técnica de ataque nem em que parte do corpo será dirigida. Cada contendor realiza um ataque por vez. Esta forma de treinamento se aproxima muito ao combate livre o Jyu Kumite.
A partir daqui as formas de trabalho implicam um nível alto de conhecimentos técnicos, estas formas são o Happo Kumite, que se pratica contra vários adversários. Estes se colocam em volta de Uke, em círculo, atacam por turnos e podem anunciar ou não o nível e a técnica de ataque.
O Kaeshi Ippon Kumite, Tori ataca, Uke defende ou esquiva e contra-ataca porém Tori não bloqueia e contra-ataca com uma ação decisiva.
O Okuri Jyu Ippon Kumite, se no Ippon Kumite consideramos que o contra-ataque é decisivo, aqui não. Portanto Tori ataca, Uke defende e contra-ataca como no Ippon Kumite, porém ao considerar o contra-ataque como não decisivo, há um instante de pausa, Tori encaixa o contra-ataque e toma a iniciativa sem anunciar a técnica, é livre. É muito importante manter a concentração.
E como estudo e objetivo final o Jyu Kumite ou combate livre, aqui podemos dizer que vale tudo, desde técnicas de todo tipo tanto de braços como de pernas, até luxações, projeções, estrangulamentos, etc. Em resumo, derrotar ao adversário e o que é mais importante superar a nós mesmos é o autêntico e última finalidade do Karatê.

3. Marcial
É o verdadeiro Karatê, não há assaltos nem regras entre os lutadores, é vida ou morte, os implicados são inimigos e não há um número limitado de participantes, é por isso que nos Kata são executadas técnicas contra muitos inimigos imaginários. Se desenvolve o instinto de conservação, a visão periférica, em uma palavra, a sobrevivência. Temos que ter em conta que é o Karatê original,que surgiu da necessidade de defender-se em uma época que as guerras, os saques e os assaltos era mais que habituais.
Afortunadamente hoje em dia, salvo raras exceções, não nos vemos expostos a estes perigos, por isso sua prática na sociedade atual não tem muito sentido.

segunda-feira, janeiro 21, 2008

ESTILOS E MESTRES DE KARATÊ:

Inicialmente o Karate não tinha estilos específicos, hierarquias ou faixas coloridas, tal como há hoje.
As técnicas ou métodos eram conhecidos através dos nomes de quem os tinha inventado, ou dos locais onde eram praticados. Assim, os três mais proeminentes centros de prática eram Shuri, Naha e Tomari.
Mais tarde, o Karate foi para o Japão, mais concretamente para Tóquio através de Gichin Funakoshi, em 1922.
Um pouco mais tarde, desenvolvem-se os 4 estilos básicos de Karate; Shotokan (Gichin Funakoshi), Shito-Ryu (Kenwa Mabuni), Goju-Ryu (Chojun Miyagi) e Wado-Ryu (Hironori Otsuka).
O Shotokan de Mestre Gichin Funakoshi se desenvolveu nas Universidades, e foram os universitários que desenvolveram esquemas de treino para competição, bem como as bases dos sistemas de torneio de hoje em dia.

PRINCIPAIS ESTILOS:

SHITO RYU: JAPÃO: KENWA MABUNI.

Estilo surgido no Japão em algum momento depois de 1929, pois até então o mestre Kenwa Mabuni vivia em Okinawa. Não se sabe ao certo o ano de criação do estilo, porém é possível afirmar que este nome foi utilizado "oficialmente" pelo fundador apenas em 1938 em seu livro "Karatedô Nyûmon".
SHITO é a combinação do primeiro caractere de cada um dos nomes dos dois principais instrutores de Mestre Mabuni: ITOSU (Ito = SHI) e depois HIGAONNA (Higa = TÔ).
De SHURI, veio o trabalho rápido e de NAHA o forte. De posições naturais, nem muito baixas nem muito altas. As defesas usam posições mais baixas que os ataques. Os movimentos são velozes e fluídos com técnicas de alcance curto e rápido.
É o método de Kenwa Mabuni, praticado em Ôsaka (Kansai e Kantô) com mais intensidade, agrupando adeptos de vários pontos do Japão. Neste estilo usam-se os Katas Heian sob os nomes originais de Pin-An e os Katas especiais: Seipai, Seienchin, Kôsôkun (Dai e Shô), Shihô-zuki e outros.
Enfatiza a esquiva sobre o bloqueio. Encadeia técnicas e muitos golpes em pouco tempo. Posições características: Neko Ashi Dachi. Zenkutsu Dachi. Shiko Dachi. Kokutsu Dachi antigo. Moto Dachi, Han Zenkutsu Dachi (Futsu-dachi).
As posições são mais altas um pouco e os movimentos mais executados no sentido do poder. É um estilo baseado no Shuri-te o que o torna um estilo muito rápido e com pouca contração muscular durante a execução dos movimentos (apenas no momento do impacto).

GOJU RYU: KYOTO 1929: CHOJUN MIYAGI.

O nome deste estilo advém da conjunção da Força (GO) e da suavidade (JU). Tem ritmos de contração e descontração bem marcados. Nesta escola usa-se Kokyu que é uma respiração diafragmática com contração abdominal sonora IBUKI que desenvolve energia interior.
Este estilo prima pelo bloqueio, no lugar, para dar mais rapidez ao ataque. Ainda tem como fator principal, quando se é atacado pela flexibilidade se responde com a força e vice-versa. Muitas vezes não dá muito atenção ao bloqueio, quando o ataque não é muito sério, para passar logo ao ataque.
É um sistema muito duro, penoso e verdadeiro. Este é o estilo de Higaonna aperfeiçoado por Miyagi, d
e posições altas com centro de gravidade alto. Posições características: Sanchin Dachi. Shiko Dachi. Nekoashi Dachi. Zenkutsu Dachi.
É proveniente do Nahate da linha do mestre Kanryo Higaonna.
SHOTOKAN: OKINAWA/TOKIO 1930: GICHIN FUNAKOSHI.
Este estilo, foi fundado pelo Mestre Funakoshi, que teve extensivo treinamento do Shorin-Ryu (ou Shuri-Te) e um resquício do Shorei-Ryu, de onde se deu a fusão para a formação do estilo SHOTOKAN. SHOTO é o pseudônimo que Mestre Funakoshi usava e KAN é casa ou edificação. Mestre Funakoshi juntou as técnicas que dão resultado real e estruturou seu estilo simplificando-o, desta forma, aumentou sua eficácia.
As características do Shotokan são a solidez e estabilidade em suas posições. Centro de gravidade alto. Técnicas de longo alcance. Trabalho de quadris com rotação ampla. De grande potência e trabalha o estilo duro linear do Shurite. Coloca ênfase no Kime e no Hikite nas defesas buscando que os bloqueios se convertam em ataques. É o estilo ideal para longa distância, por ser uma técnica rápida e ao mesmo tempo longa. Posições características: Zenkutsu Dachi normal com as variantes HANMI e GYAKU HANMI, KOKUTSO DACHI e KIBA DACHI.

WADO RYU: TOKIO 1939: HINORI OTSUKA:
É baseado em princípios físicos e fisiológicos, procurando por meio da pesquisa, movimentos mais naturais e menos sincopados. Difere das demais por usar-se o mínimo de esforço, ao contrário de outras escolas, onde o dispêndio de energia é enorme. Otsuka, que veio do Jiu Jitsu e passou por Funakoshi, modernizou os Katas, mas conservou os nomes de origem: Pin-An, Naihanchi, Kuschanku, Seishan, etc.
As posições de combate mais altas que permitem movimentos rápidos e técnicas que são oriundas do Shotokan e do Shito Ryu que provêm do Shurite. Apresenta a fusão das técnicas do Karatê e do Jiu-Jitsu, com a predominância de esquivas e nagewaza (projeção) ao invés do bloqueio direto. O trabalho dos quadris se centra em três formas: SHOMEN (Mae-frente). HANMI (diagonal). MA HANMI (perfil). Posições características: Naifanchi Dachi, Neko Ashi Dachi, Seshan Dachi, Zenkutsu Dachi.

domingo, janeiro 20, 2008

CONSIDERAÇÕES SOBRE AS AULAS DE KARATÊ

As aulas de Karatê, quando possível, devem ser diferenciadas segundo a faixa etária dos alunos, entretanto, o dojô não é um lugar para brincadeiras infantis. Há outros lugares próprios para isso.

As atividades lúdicas, com a finalidade de brincadeiras, devem ser deixadas para creches, pré-escola, aulas de educação física na escola, esportes de competição, aulas de dança, etc, mas não no Karate.

Não é que o Karatê só tenha o objetivo de aprender a machucar pessoas, mas como é uma arte de luta, a concentração e a seriedade devem ser ensinadas desde cedo. Quando se trabalha com a integridade física de pessoas, não deve haver espaço para brincadeiras ou distração, mesmo para as crianças; isso quando o que se procura é desenvolver uma arma letal, que é o Karatê Marcial. Por isso penso que o Dojô não é um lugar para brincar.
Mesmo que isso vá contra a pedagogia infantil que estudamos no nosso meio acadêmico, penso que as crianças já têm momentos de sobra de descontração, distração e brincadeiras em suas vidas. O Dojô então, deve servir para ensinar a seriedade que não se aprende em nenhum outro lugar.

À partir do primeiro dia em que pisa no Dojô, mesmo para as crianças, o Budô deve ser ensinado com seriedade. Isso é o que diferencia o Karatê das atividades lúdicas ou de outros esportes.

Desde cedo, deve ser cobrada a perfeição da movimentação, com correção da movimentação do quadril, a colocação dos pés nas bases, os deslocamentos nas bases, os ataques e bloqueios, bem como a compreensão da filosofia que envolve a Arte Marcial não importando a idade da pessoa.

Quando o que se deseja é ensinar uma arte de combate, já não há espaço para brincadeiras. Misturando-se as coisas, não haverá mais Budô, será uma diversão com uma atividade física para as crianças brincarem e para isso existem outros lugares.

Todos podem participar ao mesmo tempo de uma mesma aula do dojô, crianças e adultos, de qualquer graduação. Uma aula deve ser ministrada de forma igual para todos, independente da graduação ou da idade.Todos são orientados para tentar alcançar, com seu golpe, o companheiro de treino. É lógico que primeiro treinam separadamente na forma de kihon, aparelhos de pancada, depois de leve com alguém e quando se sentem seguros, então imprimem o inerente Kime.

Com isso a concentração dos alunos tende a aumentar nas aulas.
O que deve ser observado é a forma de controle.

No Karatê Marcial (diferente do Karatê Esportivo) o controle deve ser feito somente na FORÇA e na VELOCIDADE do golpe, e não no ALCANCE ou PROFUNDIDADE do golpe.

O ataque deve sempre buscar passar pela defesa e continuar tentando atingir o oponente, mas com a força reduzida. Ou seja, independente da graduação, se o golpe passar pela defesa, vai atingir o companheiro de treino. Só o que deve ser controlado é a intensidade do golpe, e não o alcance do mesmo.
Inicialmente o treino tem o objetivo de preparar as bases para a movimentação, o uso das partes do corpo, também o equilíbrio, a consciência corporal, etc., ou seja, a compreensão do que é básico, para possibilitar o treino do kihon.

A ênfase máxima é dada ao quadril, para fazê-lo movimentar de inúmeras formas, que é o que diferencia os atletas de alto nível em qualquer esporte ou luta.
Despertar a movimentação do quadril e o centro de equilíbrio do qual é gerada uma energia extra capaz de gerar o golpe definitivo, em qualquer fase do movimento, deve ser sempre o objetivo a ser perseguido e é o que possibilitará se desenvolver um karate forte.

A energia dos golpes não vêm só da mão, do braço ou pernas. Essa energia é originada de uma unificação do movimento do quadril com todos os músculos e tendões existentes no corpo aliados aos ossos e articulações.

Os exercícios, feitos de forma concentrada e silenciosa servem para isso e buscam o desenvolvimento corporal e formas de gerar mais energia nos movimentos. Ou seja, criar uma base corporal para se aprender o verdadeiro Karatê.

sábado, janeiro 19, 2008

AS ESCRITAS E ALGUNS COSTUMES JAPONESES

No Japão a tradição ainda é muito forte. Ao ser apresentando a um japonês, você pode tanto fazer a referência tradicional como oferecer um aperto de mão (ou ambos).

Exceto no caso de amigos antigos, evite de chamar um japonês pelo nome. Trate-o pelo sobrenome acrescido de –san (funciona como “senhor”, “senhora” ou “senhorita”). Os nomes completos são apresentados de modo inverso ao adotado no ocidente, com o sobrenome na frente. Pode-se acrescentar o sufixo –san tanto ao nome quanto ao sobrenome, mas nunca para se referir a si mesmo ou se dirigir a seus próprios familiares.
No Japão o status tem extrema importância. Ao visitar um lar japonês, não esqueça de tirar os sapatos na entrada, você receberá chinelos que também deverão ser retirados quando você entrar em um ambiente coberto de tatame.
Ao entrar numa sala pode-se dizer odyama-chimas, que significa literalmente “estou incomodando”, ou shitsurei-shimass, que equivale a “estou sendo pouco educado”.
A língua japonesa é falada no Japão e em comunidades japonesas fora do Japão. Na língua escrita existem três alfabetos diferentes: o Hiragana, o Katakana e o Kanji.
No Kanji, cada caractere representa uma idéia, mas não necessariamente um som. Existem mais de 40.000 ideogramas kanji, mas o número de caracteres que uma pessoa aprende na escola (e deve saber para ser considerada alfabetizada) é de 1945.
O hiragana é um conjunto de 48 caracteres que representam uma sílaba cada um. Ao contrário dos kanji, os hiragana não significam nada em especial, apenas representam um som.
O katakana é um alfabeto semelhante ao hiragana. O funcionamento é o mesmo, sendo que 48 símbolos são usados para as mesmas sílabas do hiragana. O que muda, no entanto é o objetivo: o katakana é usado apenas para escrever nomes ocidentais, nomes de países, de produtos ou para escrever algumas palavras originárias de outros idiomas.
Muito do vocabulário japonês foi importado da língua chinesa ou criada em modelos chineses.

Fonte de consulta: Guia Visual Folha de S. Paulo - JAPONÊS - Dorling Kindersley

O SIGNIFICADO DAS CORES DAS FAIXAS - MINHA INTERPRETAÇÃO

Qual foi a intenção dos mestres em colocarem esta ou aquela cor na seqüência dos Kyus? Qual seria o significado que eles tinham em mente?


Algumas evidências científicas sugerem que a luz das diversas cores, que entram pelos olhos, podem afetar diretamente o centro das emoções, possuindo assim, queiramos ou não, um significado.


O que todos sabemos é que cada estilo de arte marcial possui a sua própria seqüência de cores de faixas, que nem sempre coincidem umas com as outras, que simbolizam o ciclo de aprendizagem de um praticante nas diferentes etapas de sua carreira e que cada cor tem sua própria energia, vibração e atuação.



O que se observa mais facilmente é que a cor da faixa vai escurecendo com os anos de dedicação e de prática, até chegar à faixa preta, a qual representa a maioridade técnica do praticante.

Os Kyus são decrescentes, sendo que a faixa marrom é do 1º Kyu, representando que este grau é o 1º discípulo, ou seja, aquele aluno mais próximo do mestre.


É claro que a finalidade prática e primordial da faixa é ajustar o karate-gi para evitar a sua folga excessiva e permitir uma melhor movimentação durante os treinos, mas não creio que as suas cores tenham sido escolhidas aleatoriamente ou de forma inconsciente.


Apesar do significado das cores serem diferentes em culturas diferentes, independente ou não de terem sido conscientemente escolhidas, elas podem analogicamente ser usadas para transmitir uma determinada mensagem. Sendo assim e, seguindo a seqüência das cores das faixas no estilo Shotokan, eis a minha interpretação particular:


OS SIGNIFICADOS, SEGUNDO MINHAS PESQUISAS E MEU PONTO DE VISTA:

A FAIXA BRANCA (Shiro Obi) – Sem graduação (Mu Kyu):
Essa é a cor do desprendimento.
O branco reflete todas as cores. A própria cor dessa faixa indica que o seu portador ainda possui a ingenuidade e deve procurar manter a mente limpa. Entretanto, ele tem em potencial, todas as cores das demais faixas posteriores e assim como o fogo está na pedra, cabe a ele, faze-lo brotar através da fricção do treino árduo.
A busca nesse grau é pela purificação e transformação, diante do infinito conhecimento que tem diante de si.Essa faixa nos diz que o iniciante deve buscar a humildade e a imaginação criativa, através da limpeza e da claridade dos pensamentos. É a cor síntese do arco-íris e a mais associada ao sagrado, pois simboliza paz, pureza, perfeição e especialmente o absoluto.
Ela nos diz que devemos buscar a pureza, sinceridade e a verdade; repelindo os pensamentos negativos, procurando elevá-los, para que encontremos o equilíbrio interior, segurança e desenvolvamos o instinto e a memória.
O branco simboliza uma espécie de coringa, para todos os propósitos, é o substituto para qualquer cor, assim como uma tela em branco esperando para ser pintada.

A FAIXA AMARELA (Kiiro Obi) – 6º Kyu (Rokku Kyu):
Assim como um sol que desponta todos os dias, ela significa que é um iniciante ou um recém nascido no Karatê, que com o tempo irá crescendo e fortalecendo-se, até chegar à maturidade que corresponde à faixa preta.
Assim como o sol nascente o conhecimento começa a aflorar para o iniciante. Agora ele pode vislumbrar um pouco da iluminação da descoberta e da realidade do que é o Karatê. Entretanto, assim como o amarelo é uma cor primária, isto é, não pode ser formado pela mistura de outras cores, ele também deve manter-se puro dentro da escola de Karatê que escolheu ainda evitando misturar outras coisas aos conhecimentos que está recebendo para não se confundir dentro da senda do verdadeiro karatê.
Assim como essa cor, essa graduação lhe traz a alegria, a vida, o calor, a força, a glória, o poder mental e representa o descobrimento. Ela lhe desperta novas esperanças no caminho, dando-lhe vivacidade, alegria, desprendimento e leveza. Agora ele deve procurar desinibir-se para desenvolver seu brilho, mas também diminuir a ansiedade e as preocupações, construindo sua confiança, energia e inteligência na solução dos problemas que surgirão.
A cor dessa graduação mostra que o praticante deve reter conhecimentos e desenvolver a luz da sabedoria e da criatividade, e assim como o sol, ela deve trazer a luz para as situações difíceis.
O Amarelo simboliza: criatividade, as idéias, o conhecimento, alegria, juventude e nobreza. Apesar do amarelo estar relacionado ao elemento terra, também é uma cor Yang e representa o descobrimento e a abertura para o conhecimento do Karatê.

A FAIXA VERMELHA (Aka Obi) – 5º Kyu (Go Kyu):
A cor vermelha sugere motivação, atividade e vontade. Ela atrai vida nova e pontos de partida inéditos.
Essa é a cor do fogo, da paixão do entusiasmo e dos impulsos é a cor mais quente, ativa e estimulante. Ainda é uma cor primária que não pode ser formada pela mistura de outras cores, mostrando assim, que o praticante ainda deverá manter-se puro e fiel ao estilo de Karatê que elegeu.
Essa faixa, pela sua vibração, dá mais energia física, mostrando que agora, mais do que nunca é necessária força de vontade para não desistir da conquista dos seus ideais. Persistência, força física, estímulo e poder são seus traços típicos.
Embora o vermelho represente agressividade, perigo, fogo, sangue, paixão, destruição, raiva, guerra, combate e conquista, também simboliza aquilo que deve ser contido pelo seu portador. Esta cor faz com que você se sinta mais vigoroso, expansivo e pronto para avançar adiante em algum sentido evidente. Ela tende a atrair o olhar das pessoas e chamar a atenção. Se você usar vermelho, isso pode indicar que tem ardor e paixão, ferocidade e força. As pessoas que gostam de ação e drama apreciam essa cor. É uma cor de uma energia muito forte e o praticante deve ter o cuidado e a persistência para não se deixar ser vencido por ela e desistir do caminho.Sendo a cor do sangue, o vermelho também está relacionado à vida e à força de uma energia vital máxima. Esta é uma cor Yang.

A FAIXA LARANJA (Daidaiiro obi) – 4º Kyu (Yon Kyu):
Esta é uma cor que é a mistura do vermelho com o amarelo, representado que o conhecimento dos graus anteriores deve estar contido nesta graduação e trazendo as qualidades dessas duas cores. Nos diz que devemos procurar o sucesso no treino diário, agilidade, adaptabilidade, estimulação, atração e plenitude.
Essa cor também simboliza aquilo que o praticante deve buscar: o encorajamento, estimulação, robustez, atração, gentileza, cordialidade e tolerância.
Esta é a cor da comunicação, do calor afetivo, do equilíbrio, da segurança e da confiança. Quem chega nessa faixa deve acreditar que agora tudo é possível, pois essa cor estimula o otimismo, generosidade, entusiasmo e o encorajamento.
A cor laranja mostra ao praticante que ele deve fortalecer as energias e a sua vontade de vencer.A cor laranja está situada entre o elemento fogo e o elemento terra, portanto, carrega um pouco das características dos dois elementos. Também é uma cor Yang.

A FAIXA VERDE (Midori Obi) – 3º Kyu (Sankyu):
O verde é uma cor que representa Esperança e a Fé. É a cor mais harmoniosa e calmante de todas. Ela simboliza harmonia e equilíbrio.
Essa cor, que nos chega depois das cores quentes iniciais, nos dá a impressão de que chegamos a um oásis, depois de atravessar um árduo deserto, mas devemos saber que ainda há mais deserto a vencer.
Ela também representa as energias da natureza, esperança, perseverança, segurança e satisfação; fertilidade. O portador deve procurar desenvolver a sua sensibilidade para se comunicar com a natureza interna e externa a si mesmo.
Significa também a harmonia em que devemos estar com ela, junto com o ar, a água e o fogo, elementos da vida que proporcionam bem-estar ao ser humano.
Essa cor simboliza uma vida nova, a energia, a fertilidade, o crescimento e a saúde. Por outro lado, quando em mau aspecto, mostra um orgulho excessivo, superioridade e arrogância.
O verde é ligado ao elemento madeira e a primavera.
Representa o crescimento, desenvolvimento, natureza e saúde. Também significa a etapa da juventude, estando relacionado a este estado emocional, mostrando, assim, que os conhecimentos ainda não se encontram bem claros ou maduros para os praticantes; ainda lhes falta amadurecer mais e delineá-los melhor.

A FAIXA ROXA OU VIOLETA(Murasaki Obi) – 2º Kyu (Nikyu):
O roxo é uma mistura das cores azul e vermelho.Essa é a cor usada pelos sacerdotes católicos para refletir santidade e humildade.
Ela gera sentimentos como respeito próprio, dignidade e auto-estima.
Esta é uma cor metafísica. É também a cor da alquimia, das transformações e da magia. Ela é vista como a cor da energia cósmica e da inspiração espiritual.
A cor violeta é excelente para purificação e cura dos níveis físico, emocional e mental.
Simboliza: dignidade, devoção, piedade, sinceridade, espiritualidade, purificação e transformação. Quando em mau aspecto determina manias e fanatismo.
Representa o mistério, expressa sensação de individualidade, influenciando emoções e humores, mas também simboliza a dignidade, a inspiração e justiça. Gera tensão, poder, tristeza, piedade, sentimentalidade.
Tendo isso tudo em mente, a cor desta graduação nos indica que devemos encontrar novos caminhos e a elevar nossa intuição espiritual.

A FAIXA MARROM (Chairo Obi)– 1º Kyu (Ichi Kyu):
É a cor da solidificação. Representa a constância, a disciplina, a uniformidade adquirida e a observação das regras mantidas até aqui.Representa a conexão do praticante com o patrono do estilo que lhe foi passado, representado por seus mestres.
Para criar essa cor, você precisa misturar o vermelho com o preto e, portanto, ela tem alguns dos seus atributos. Também representa a autocrítica e a dependência dos mestres para chegar até aqui. Significa que se está completando o processo de amadurecimento, tanto nos conhecimentos técnicos quanto no aspecto mental.
Essa faixa, pela sua cor, emana a impressão de algo maciço denso, compacto.
Sugere segurança e isolamento. Representa também uma poluição que deve sempre ser limpa, através da prática fiel aos princípios do Budô.
Uma pessoa que gosta de vestir-se com marrom por certo é extremamente dedicada e comprometida com seu trabalho, sua família e seus amigos.
A cor marrom gera organização e constância, especialmente nas responsabilidades do cotidiano. As pessoas que gostam de usar essa cor são capazes de ir "à raiz das coisas" e lidar com questões complicadas de forma simples e direta. São pessoas "sensatas".

A FAIXA PRETA (Kuro Obi) – 1º Dan (Sho Dan):
É a junção de todas as cores. Enfim o corpo e a mente chegaram ao final de uma jornada e ao início de outra mais elevada.A faixa na cor preta, representa humildade, autocontrole, maturidade, serenidade, disciplina responsabilidade, dignidade e conhecimento. É a cor do poder, induz a sensação de elegância e sobriedade. Onde o que está fora não entra e o que está dentro não sai.
Observe-se que na maioria das sociedades ocidentais, o preto quase sempre é a cor da morte, do luto e da penitência, mostrando assim, o estado mental, para o mundo, de quem atingiu essa graduação.
Em geral, essa cor é usada por pessoas que rejeitam as regras convencionais ou são regidos por outras normas sociais, como é o caso dos padres ou dos guerreiros que seguem ao Budô.
Essa cor também nos dá uma noção de tradição e responsabilidade.É a ausência de vibração da “não cor” que dá a sensação de proteção ou afastamento.
Por outro lado, absorve, transmuta e devolve as energias negativas, transformadas em positivas.
A meditação nessa cor permite a introspecção, favorece a auto-análise e permite um aprofundamento do indivíduo no seu processo existencial.
Remove obstáculos, vícios e emoções não desejadas. O excesso traz melancolia, depressão, tristeza, confusão, perdas e medo. A cor preta relaciona-se ao elemento água que adapta-se a todas as formas e contorna todos obstáculos é o símbolo do máximo Yin.




Autor: Cesar Augusto Estivales

sexta-feira, janeiro 18, 2008

AUTO-ENGANO

O mais importante é “o quê” ou “a quem” estamos seguindo no Karatê. Qual é a nossa “Escola”?
Muita gente confunde “Escola de Karatê” com “Entidade Administrativa de Karatê”, que são as Federações ou Confederações.
Dirigentes de Federações são mais políticos do que atletas, alguns estão mais ligados em quantidade do que em qualidade.
Os Sensei são os representantes das Escolas de Karatê, que devem primar pela qualidade.
Dentro de uma Federação, que é uma entidade administrativa do Karatê, o atleta pode estar vinculado a qualquer “Escola“ de Karatê (basta pagar as taxas) e praticar o Karatê que essa Escola ensina através do seu professor.
Se atualmente estou vinculado a uma Federação, é porque acho (apenas pessoalmente), que as coisas são melhores em alguns aspectos nesta, mas todas (sem exceção) têm suas falhas e seus defeitos, afinal são dirigidas por seres humanos e nem todos seres humanos pensam da mesma forma.
Além do mais, todo mundo que é ligado a alguma coisa é porque espera ter alguma vantagem nisso, seja ela de qual natureza for.
Por outro lado, quem faz o Karatê ser forte somos nós e o treinamento que recebemos e não federação alguma, desde que sigamos o nosso coração e tendo por objetivo sempre melhorar na direção que optamos.
Portanto, só se engana quem quer, seja ganhando medalhinhas de lata sem se machucar com um karatezinho de brinquedo ou nocauteando seus companheiros para provar que seu Karatê é mais forte, quando na verdade ainda é uma pessoa cheia de defeitos.
Nosso karatê deve ser para nós mesmos e não para mostrar para os outros; afinal do que adianta ter centenas de medalhas de lata tendo um karatê que não dá resultado em situações reais ou se enganar usando um karate-gi de lona grossa para fazer barulho tentando fazer com que acreditem que tenho um grande Kime, o que isso prova? Auto-engano!


Autor: Cesar Estivales

quinta-feira, janeiro 17, 2008

O QUE É KARATÊ?


Karatê é uma palavra japonesa que significa “mãos vazias”.
Um Karateka (praticante de Karatê) utiliza, durante a sua prática as suas armas naturais, como: visão, mãos, braços, corpo, pés, e cérebro.

É uma arte altamente científica, que faz o mais eficaz uso de todas as partes do corpo com finalidades defensivas. O objetivo principal do Karatê é o aperfeiçoamento do caráter de seus praticantes, disciplinando o corpo e a mente através do seu treino.

Além de ser um excelente meio de defesa pessoal, o Karatê constitui uma forma ideal de exercício. Desenvolve a força, a velocidade, a coordenação e o reflexo, e é indicado para efeitos de valor terapêutico.

O Karatê pode ser praticado por quem o desejar, desde crianças até idosos de ambos os sexos.
Mestre Gishin Funakoshi disse: “No Karatê não existe atitude ofensiva”
Decorria o mês de Novembro do ano 1868, quando na província de Shuri, Okinawa, nasce prematuramente Gichin Funakoshi.

Aos doze anos Gichin Funakoshi começa a praticar To-De (anterior designação de Karatê) sob a orientação de Yasutsune Azato, recomendado pelo seu avô Tokashiki, que era também médico da família. Funakoshi treinará com muitos outros Mestres tais como Itosu, Matsumura, Higaonna ao mesmo tempo em que vai estudando. Aos vinte anos, obtém o diploma de professor primário e começa a lecionar, sem que lhe tenha sido registrada uma única falta por doença até que abandonou a sua profissão em… 1921, para se dedicar ao ensino e divulgação do “To-De”.
Com o intuído de dar a conhecer cada vez mais esta arte, durante muitos anos conservada no segredo de famílias, Funakoshi faz uma demonstração perante o responsável escolar da sua região e mais tarde apresenta um programa por ele elaborado, para que os alunos de Okinawa possam aprender nas escolas o To-de.

A Marinha Imperial Japonesa também se mostra interessada nestas técnicas até então pouco divulgadas e é também a Gichin Funakoshi que recorrem para usufruírem dos seus ensinamentos.

É organizada então uma equipe de demonstração que percorrerá as diversas províncias de Okinawa, e mais tarde o próprio Funakoshi lidera a primeira demonstração publica de To-De fora de Okinawa, sendo depois convidado para uma demonstração frente ao príncipe herdeiro Eroito.

Todo este esforço e dedicação começam a dar os seus frutos, e no inicio de 1930 são várias as universidades que ensinam o To-De. Gichin Funakoshi pede então ao seu terceiro filho Yoshitaka (Gigo) Funakoshi para auxiliá-lo. Dentre os muitos alunos que Gichin tem, destacam-se Shigeru Egami e Nakayama.

Assumindo cada vez mais o legado de seu pai, Gigo Funakoshi, introduz a esta arte treinamentos, que se manterão até hoje tais como: Ippon Kumite, Ju Ippon Kumite, Ju Kumite e técnicas em que se destacam: Yoko Geri (kekomi e keage). As posições assumidas até então, passam também por sugestão de Gigo a ter uma postura mais baixa, fortalecendo desta forma as pernas.

Um pouco mais livre, Gichin Funakoshi tem tempo para terminar a sua obra e publica “O texto do Mestre” (karate-do Kyohan). É nesta obra que Funakoshi propõe a alteração de To-de para Karatê-Do (o caminho das mãos vazias).

Estando já o ensinamento do karaté-do profundamente enraizado na província de Okinawa, constrói-se aí então o dojo de Funakoshi. Gichin Funakoshi que além de um grande Mestre, era também conhecido por se retirar com alguma freqüência para um pinhal, onde escrevia os seus poemas inspirado no “shoto” (ondulação dos pinheiros), viu então a sua escola (kan) receber uma tabuleta com o nome – Shotokan – sem duvida uma homenagem dos seus alunos e amigos.
Desagradado com o rumo do karate-do, Gichin Funakoshi proíbe entre os seus alunos a prática de Jyu Kumite (ou combate livre), reforçando desta forma que o Karatê não é uma forma de combate ou um esporte violento.

Gichin Funakoshi o grande Mestre, por muitos considerado o pai do Karatê-Do morre a 26 de Abril de 1957. No seu túmulo, situado no templo de Engakuji, pode-se ler gravado no granito preto aquilo por que Gichin Funakoshi lutou – Karatê Ni Sente Nashi – no Karatê não existe atitude ofensiva.
Pesquisa: Cesar Estivales

terça-feira, janeiro 15, 2008

segunda-feira, janeiro 14, 2008

AS ARMAS NATURAIS NO KARATÊ




O DOJÔ SHOTOKAN

Dojo “Shotokan” Tokio, (1938)
A construção do Shotokan iniciou-se em 1935 para terminar no ano seguinte. O dojô se situava no bairro Meijuroko em Tokyo. O dinheiro foi proveniente de uma coleta organizada por todo o país.

Na origem, Shotokan designa o prédio e não o estilo. “Kan” designa o lugar, o dojô e “Shoto” e o pseudônimo sob o qual Funakoshi escrevia seus poemas (literalmente Shoto designa a ondulação dos pinheiros pelo vento).

Lembramos de passagem que, se Funakoshi foi preferido no lugar de Motobu para difundir o Okinawa-Te no Japão, foi justamente em razão de suas qualidades intelectuais e de sua cultura.

Esta escola se confirmou porque em 1922, Funakoshi, desde sua primeira demonstração, não se contentou em demonstrar as técnicas. Mas sim igualmente, explicá-las e comentá-las, para a grande satisfação de seu auditório.

A maior parte dos experts japoneses, mais conhecidos de nossos dias, passou em algum momento pelo Shotokan. A exemplo, Masutatsu Oyama, criador do Kyokushinkay, que treinou durante um ano e meio, por volta de 1938, no dojô de Funakoshi.

O Shotokan foi destruído pelos bombardeios americanos entre 1944-1945 e reconstruído após a guerra, graças a uma imensa união de solidariedade criada pelos alunos de Funakoshi..

Nos anos 1928-1930, Funakoshi ensinaria os katas Kosokun, Naifanchi, Wanshu, etc.

Nas suas primeiras obras, os nomes desses katas, são okinawenses.Somente em 1935, em seu livro “Karatê-Do Kyohan”, que aparecem os nomes japoneses com alguns erros de transcrição. Modificação colocada conjuntamente para deixar mais acessível ao público japonês e por causa da conjuntura política dos anos trinta. Portanto é a partir desta época que Funakoshi se dedicou mais e mais ao ensinamento, supervisão de cursos nos diferentes dojôs.
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A maior parte dos grandes mestres japoneses do pós guerra passaram pelo Shotokan antes de criarem seus próprios estilos.
A J.K.A. (Japan Karatê Association) criada em 1949, fundada por Isao Obata um dos principais discípulos de Funakoshi, que intruduziu o Jiyu Kumite nos exames de graduação em 1951, portanto antes da morte do Mestre. Gichin Funakoshi morreu em 26 de abril de 1957. Dois meses após, aconteceram os primeiros campeonatos do Japão que seriam vencidos por Hirokasu Kanazawa. A evolução do Karatê então foi inevitável.
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AS FILIAÇÕES
Na árvore genealógica aparecem num primeiro plano os nomes daqueles que foram os discípulos diretos de Funakoshi (de Gimma à Yoshida).
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Pessoas como Kase, Oshima, Harada, Nakayama, os experts mais conhecidos atualmente, são os discípulos da segunda geração de Funakoshi. Foram alunos dos primeiros professores formados por Funakoshi.
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Entre os primeiros alunos surgidos de diferentes tendências: o Wado-Ryu criado por Ohtsuka é um exemplo. O Shotokai, criado por Egami, é outro. O espírito desse estilo é o que está mais próximo do pensamento de Funakoshi, do qual Egami era um fiel discípulo. Por conta da técnica foi impulsionado aos limites da extrapolação.
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Taiji Kase, um dos experts mais conhecidos na Europa, foi formado por Genshin Hironishi, um dos pilares do Shotokan. Nakayama, e Nishiyama, os dois fundadores da J.K.A. não tiveram o mesmo professor; eles treinaram sob a autoridade de Seicho Takagi.
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Isto explica certas diferenças na explicação dos Katas, por exemplo, entre os Mestres Kase e Nakayama.
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Mestre Oshima treinou mais com Shigeru Egami e Hiroshi Noguchi. Ele conheceu Funakoshi já velho. Porém seu diplona de 5° Dan foi um dos últimos concedidos por Mestre Funakoshi em pessoa.
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Oshima tinha 25 anos na época. Jamais ele aceitou grau mais elevado, avaliando sua inutilidade, uma vez que Gichin Funakoshi jamais concedeu grau além desse.
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O Shotokai do Mestre Egami conservou esta tradição. Em nossa genealogia, Isao Obata teve uma grande importância na formação de Kenji Tokitsu.
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Autor: Pierre Portocarrero
Pesquiza:Pierre-Yves Bénoliel
Tradução do francês: Cesar Augusto Estivales

O DOJÔ KUN

Valores Fundamentais que devem dirigir "O Caminho do Budoka".
O Dojô-Kun é a expressão verbalizada de um conjunto de preceitos que ao longo do tempo tem sido vivido e compreendido como um princípio de vida e que tem levado muitas pessoas à serenidade.
Sonkei - veneração e respeito (à tradição);
Shugyo - disciplina, retidão (do ato, da intenção);
Toitsu - concentração (verdade na ação);
Kansha - gratidão (para com todas as coisas).
O verdadeiro Karatê-Do só é possível quando cada passo dado na vida está acompanhado do dojô-kun. Não se pode afirmar que o Karatê seja somente o gesto físico, e também não se pode afirmar seu conhecimento somente em falar o dojô-kun.
Karatê é a prática diária do conjunto das ações e pensamentos coordenados que pode nos levar ao verdadeiro Karatê-Do.
Este é o dojô-kun recitado em todos os treinos de Karatê-Do (quando recitado em japonês, todas as frases contém inicialmente a palavra "hitotsu", que significa "primeiro", ou seja, "antes de tudo").

1. HITOTSU:
- JINKAKU KANSEI NI TSUTOMURU KOTO – FORMAÇÃO DA PERSONALIDADE
• JINKAKU - CARÁTER
• KANSEI NI - PERFEIÇÃO
• TSUTOMURU - OBJETIVO, INTENÇÃO
Pensamento ocidental: “Esforçar-se para a formação do caráter”.
Nos ensina que o Karate-Do é mais que um mero exercício físico. Este princípio aconselha o praticante a esforçar-se para aperfeiçoar sua personalidade e caráter, não se conformando com os seus próprios defeitos e fraquezas, em uma constante busca de superação pessoal.
2. HITOTSU:
- DORYOKU NO SEISHIN O YASHINAU KOTO – ESFORÇO E CONSTÂNCIA
• DORYOKU - PERSEVERANÇA
• SEICHIN - ESPÍRITO
• YASHINAU - ALIMENTAR SEMPRE A IDÉIA
Pensamento ocidental: “Criar intuito de esforço”.
Esta máxima se refere à completa dedicação e ao esforço necessário que se deve ter para alcançar a maestria na Arte Marcial. Sem isto seria impossível de consequí-lo. Desenvolver um espírito disposto ao esforço e manter-nos constantes em nossos propósitos, são qualidades fundamentais para alcançar qualquer meta que nos proponhamos na vida.
3. HITOTSU:
- REIGUI-O OMONZURU KOTO - RESPEITO AOS DEMAIS
• REIGUI O - ETIQUETA, RESPEITO
• OMONZURU – RESPEITO
Pensamento ocidental: “Respeitar acima de tudo”.Aconselha o respeito em seu mais extenso sentido. Respeito às pessoas, respeito às normas de cortesia e sociabilidade, finalmente o respeito que qualquer pessoa deseja para si mesma e que contribui transcedentalmente na harmonia da sociedade.
4. HITOTSU:
- KEKKI NO YU O IMASHIMURU KOTO - REPRIMIR A VIOLÊNCIA
• KEKI NO YU - AGRESIVIDADE
• IMASHI MURU – CONTROLE
Pensamento ocidental: “Conter o espírito de agressão”.
O controle dos impulsos impetuosos e o rechaço de qualquer manifestação violenta são algo fundamental no caminho de um “budoka”. Para isto, deve prevalecer a razão sobre a força, a harmonia sobre o caos, a tolerância sobre a imposição, e isto se faz ainda mais magnânimo na medida em que também tem em suas mãos a possibilidade de eleger uma alternativa enérgica e contundente que somente utilizará em casos extremos em que não haja outra solução.
5. HITOTSU:
- MAKOTO NO MICHI-O MAMURU KOTO – RETIDÃO
• MAKOTO - VERDADE HONESTIDADE
• MICHI - CAMINHO
• MAMURU - GUARDAR, TER SEMPRE EM MENTE
Pensamento ocidental: “Fidelidade para com o verdadeiro caminho da razão”.
Defender sempre a verdade, ser honesto com si mesmo e com os demais. O "budoka" deve ser fiel ao seu caminho. Fidelidade deve ser entendida não somente como uma atitude leal diante das pessoas e das idéias, mas também em um sentido de firme propósito, rigor e sinceridade.

domingo, janeiro 13, 2008

VOCABULÁRIO JAPONÊS/PORTUGUÊS

A:
AGE UKE: Bloqueio ascendente.
AGE ZUKI: Socar para cima.
AI: Harmonia, chegar juntos, unificação, integração
AI HANMI : Parceiros frente à frente, ambos com o mesmo pé adiantado.
AIKI:Combinação de duas (ou mais) energias, harmonização, integração.
AI-UCHI: Ataque simultâneo, destruição mútua
AKA:VermelhoAKA (SHIRO)
IPPON: Ponto para Aka(vermelho).
AKA (SHIRO) NO KACHI: Vitória para AKA
AME-NO-UKIHASHI : A ponte flutuante do céu"; simboliza o elo entre os reinos espiritual e material da existência.
ARIGATO GOZAIMASHITA: "Muito obrigado", expressão japonesa utilizada entre instrutores e estudantes ao final do treino.
ASHI: Perna ou pé.
ASHI BARAI: Varrer com o pé.
ASHI WAZA: Técnicas de pernas.
ATEMI: Golpe, uma pancada direcionada à um ponto anatômico frágil; usado defensivamente no Aikido.
ATEMI WAZA: Técnicas de golpear.
ATENAI YONI: Advertência por uma infração menor.
ATOSHI BARAKU: Limite de 30 segundos para término da uma luta.
AWASE: Combinar; atrair a ação do parceiro iniciando a execução da técnica.
AWASE UKE: Defesa com as mãos unidas.
ZUKI: Mesma coisa que MOROTE ZUKI.
AYUMI ASHI: Caminhar, marchar.
AYUMI DACHI: Base natural com o peso no centro de gravidade, ITOSU-KAI SHITO-RYU.


B:
BANZAI: Vitória. “Viva”, “oba”, “arre”, “hurra”, etc.
BO: Bastão longo com aproximadamente 6 pés.
BOKKEN: Espada de madeira.
BUDO: Disciplinas marciais do Japão moderno.
BUDOKA: Praticante de arte marcial.
BUJUTSU: Artes marciais japonesas clássicas.
BUNKAI:Estudo das técnicas e aplicações do KATA
BUSHIDO:Código dos guerreiros do período clássico no Japão.
BUSHIN: "Espírito marcial," o nível mais alto de maestria nas artes marciais.


C:
CHA: Marrom.
CHIISAI: Pequeno.
CHIKARA: Emprego da força.
CHOKU ZUKI: Soco direto.
CHUDAN: Posição intermediária ( das mãos, espada, etc.).
CHUDAN ZUKI: Soco a altura média.


D:
DACHI: Colocação, posição.
DAN: Graduação; no Karatê a graduação dos faixas pretas vai de shodan (1o grau) à judan (10o grau).
DANKYU: Sistema de graduação de Karatê moderno. Data de 1887 para frente. Baseado no modelo militar de atribuição de Graus.
DANTAI: Membro, grupo, reunião.
DESHI: Discípulo.
DO: Caminho, vereda filosófica, um modo de vida.
DO-GI: Uniforme de treinamento usado por praticantes de artes marciais.
DOJO: Academia. Literalmente “lugar de iluminação”
DOMO ARIGATO GOZAIMASHITA: Forma Japonesa de “Muito obrigato”, ao término de uma aula é formal agradecer ao instrutor e esse aos alunos.
DORI: [também pronunciado tori] Pegar, segurar.
DOSA: Movimentos básicos; mais comumente kihon-dosa .


E:
EKKU: Um remo de madeira usado em Okinawa como arma.
EMPI: Cotovelo
EMPI UCHI: Pancada com o cotovelo
ENBUSEN: Linha de atuação
ENCHO-SEM: Prorrogação de uma luta, a qual reicia quando o Referee comanda "SHOBU HAJIME."
EN-NO-IRIMI: Entrada circular; entrar atrás de um ataque e controlá-lo num movimento circular.


F:
FUDO DACHI: Posição imutavel, firme.Semelhante
SOCHIN DACHI.FUDO-NO-SHISEI: Postura "Imutável" ( firme e equilibrada).
FUDO-SHIN: "Espírito Imutável"; atitude mental inexpugnável.
FUKUSHIDOIN: Instrutor de primeiro nível.
FUKUSHIN SHUGO: "Reunião dos Judges"
FUMIKOMI: Chute em forma de pisão, normalmente ao joelho ao pé.


G:
DACHI: O mesmo que TSURU ASHI DACHI e SAGI ASHI DACHI.
GARAMI: Deter, enfaixar, envolver, imobilizar.
GASSHUKU: Período intenso de treino durando vários dias. Em português poderia ser traduzido por "retiro".
GEDAN: Posição de nível inferior (da espada, bastão,etc).
GEDAN BARAI: Bloquear varrendo, por baixo.
GEDAN UDE UKE: Bloquear com antebraço para baixo.
GEDAN ZUKI: Socar para baixo.
GEIKO: Exercício, forma de treinamento.
GI: Uniforme usado na prática de artes marciais japonesas, vulgarmente denominado Kimono
GODAN: Faixa preta 5o Dan.
GOHON KUMITE: Forma de kumitê para iniciantes. Deslocamento de 5 passos, usando técnicas de ataque e defesa básica.
GOKYO: Técnica de imobilização número cinco.
GO NO SEM: Técnica de permanecer na defensiva, para contra atacar.
GOMEN: Desculpa (por exemplo, ao se retirar do Dojô).
GYAKU-HANMI: Posição reversa na qual os parceiros tem o pé oposto à frente.
GYAKU MAWASHI GERI: Chute circular invertido.
GYAKU ZUKI: Soco invertido.


H:
HACHIDAN: Faixa preta 8o Dan.
HACHIJI DACHI: Posição natural com os pés na largura dos ombros, pontas ligeiramente voltados para fora.
HACHI-MAKI: Pano para a cabeça.
HAI: "Sim".
HAISHU UCHI: Pancada usando as costas da mão.
HAISHU UKE: Defesa usando as costas da mão.
HAITO UCHI: Pancada usando a faca interna da mão.
HAJIME: "Comando para iniciar , Kata, ou Kumite.
HAKAMA: "Saia-calça" samurai usada por praticantes de Aikido e Kendo.
HANGETSU: Kata avançado.
HANGETSU DACHI: Base em forma de meia lua.
HANMI: Posição triangular.
HANMI-HANDACHI: Técnicas nas quais o nage fica sentado e o uke em pé.
HANSHI: “Mestre”, Um título dado aos faixas pretas de mais alta graduação de uma organização e significa que este tem a compreensão total daquela arte.
HANSOKU: Penalidade por uma Infração grave, a qual eleva a pontuação do oponente a SANBON.HANSOKU CHUI: "Penalidade por uma infração média, na qual se dá IPPON para o oponente.
HANTAI: Reverso, oposto.
HANTEI: "julgamento feito pelos Refer, para uma situação de luta indefinida.
HARA: Região da barriga, três dedos abaixo e acima do umbigo, sede do KI, energia interior
HARAI TE: Técnica longa de braço.
HARAI WAZA: Técnicas longas.
HENKA-WAZA: Técnicas explorando variações possíveis.
HEIAN: Movimento formal (ver kata).
HEIKO DACHI: Posição natural na qual os pés ficam a largura dos ombros, com as pontas voltadas para frente.
HEIKO ZUKI: “Soco emparelhado”(Soco duplo simultâneo).
HEISOKU DACHI: Posição natural, pés juntos voltados para frente.
HIDARI: Esquerda.
HIJI: Cotovelo, tambem chamado de EMPI.
HIJI ATEMI: Golpe com o cotovelo.
HIJI UKE: Bloqueio ou defesa com o cotovelo.
HIJI-ATE: Cotovelada tambem chamado de EMPI-UCHI
HIKITE: Puxada de mão
HIKIWAKE: “Empate no kumite”. Juiz mostra as mãos palmas para cima, na lateral.
HITOSASHI IPPON KEN: Junta do dedo indicados, o mesmo que IPPON KEN.
HIZA GERI: Joelhada
HIZA UKE: Bloqueio usando o joelho.
HOMBU DOJO: Termo que se refere a Dojo central.
HORAN NO KAMAE: Posição de prontidão, KAMAE, usado em kata onde uma mão cobre a outra.

I:
IAI-DO: A arte de desembainhar e cortar com a espada.
IIe: Não, negação.
IKI: Respiração; o ato físico de respirar.
INASU: Evasão de um ataque somente desviando o corpo da linha de ataque.
KEN: Golpe com a junta da segunda falange do dedo anular
IPPON KUMITE: Luta de um passo.
IPPON NUKITE: Golpe de punhalada usando apenas um dedo estendido.
IPPON SHOBU: Luta de um ponto, usado em torneios.
IRIMI: Penetrar, entrar. Situação de luta muito próxima em que se desvia a defesa ou ataque do oponente para entrar.


J:
JIKAN: "tempo".
JIN-NO-KOKYU: A respiração do ser humano; o terceiro estágio da meditação com respiração.
JIYU IPPON KUMITE: Luta de um ataque, usando qualque técnica e anunciando qual vai ser.
JIYU KUMITE: luta livre.
JIYU-WAZA: Técnicas livres.
JO: Bastão de madeira de 120 cm ( 4 pés).JODAN: Posição de nível superior ( da espada, bastão,etc).
JO-DORI: Técnicas para desarmar um oponente armado com bastão.
JOGAI: “Sair da área de luta”.
JOGAI HANSOKU CHUI: Terceira saida da área de luta. Dá NIHON ao oponente
JOGAI HANSOKU: Quarta saida da área de luta. Dá a vitória ao oponente.
JOGAI KEIKOKU: Segunda saida da área de luta. Da WASA-ARI ao oponente.
JO-TAI-KEN: Treinamento de bastão contra espada.
JU: O principio da flexibilidade; o aspecto salgueiro das técnicas e da filosofia do Aikido.
JUDAN: Faixa preta de décimo Dan (o maior grau concedido).
JUDO: Sistema de arte marcial moderno criado por Jigoro Kano (1860-1938).
JUJI UKE: Bloqueio em X.
JUJUTSU: Sistemas japoneses de combate desarmado.
JUN ZUKI: O termo usado na WADO RYU para OI-ZUKI.
JUTSU: Técnica. Denominava as artes marciais de combate (Jujutsu, Kenjutsu, Karate-jutsu)

K:
KACHI: Vitorioso. (por exemplo, AKA KACHI) em torneios.
KAGI ZUKI: Soco em gancho,(Jion).
KAISHO: Mão aberta, se refere aos movimentos com a mão aberta ou que o punho não esteja completamente fechado.
KAKEJIKU: Um pergaminho pendente.
KAKE-TE: Bloqueio ou defesa em gancho. (BASSAI-DAÍ)
KAKIWAKE: Bloqueio duplo frontal , com a parte externa do pulso, para um ataque como agarramento.
KAKUSHI WAZA: "Técnicas secretas."
KAKUTO UCHI: Golpe com a partes externa do pulso, também conhecido como "KO UCHI."
KAKUTO UKE: Defesa com a partes externa do pulso, também conhecido como KO UKE.
KAMAE: Atitude; postura "combativa".
KAMAE-TE: Comando dado pelo instrutor para o aluno entrar em posição de guarda.
KAMI: Deus, divindade, espírito divino, inspiração sagrada, anjo guardião, ser humano iluminado.
KAMIZA: A parte do dojo onde pergaminhos, fotografias do fundador, e outras coisas, são mostradas.
KANSHA: Gratidão profunda e sincera.
KAPPO: Tecnicas de ressuicitar pessoas que sucumbiram a um choque ao sistema nervoso.
KARATE: Sistema de arte marcial moderno originado em Okinawa, introduzido ao mundo por Gichin Funakoshi (1868-1957).
KARATE-DO: Caminho das mãos vazias. Modo de vida do Karate. Isto não só implica o aspecto físico de Karate, mas também os aspectos mentais e sociais de Karate.
KARATEKA: O praticante de Karate.
KATA: "Forma Padrão," tipos de prática pré-determinados usados como veículo de aprendizado.KATAI: Rígido, duro, imóvel.
KATA-DORI: Ser segurado na região do ombro.
KATATE-RYOTE- -DORI: Ser segurado por uma mão.
KATATE-RYOTE- DORI: Ter o braço segurado por duas mãos.
KEAGE: Chutar para cima.
KEIKO: Treinando. O único segredo para o sucesso em Karate.
KEIKOKU: Advertência
KEKOMI: Pontapé em forma de punhalada.
KEMPO: Termo usado para descrever sistemas de lutas que usam o punho. Nesta consideração, KARATE também é KEMPOKEN: Espada.
KENDO: Esgrima moderna japonesa, praticada principalmente como um esporte competitivo.
KENSEI: Técnicas com KIAI silencioso. Relacionado a meditação.
KENTSUI: o mesmo que
TETTSUI.KENTSUI UCHI: golpe de maretelada
TETTSUI UCHIKERI: pontapé.KI: [Chi em chinês] Energia vital, força da vida; também o aspecto do ki relativo as técnicas e a filosofia do Aikido.
KIAI: Grito penetrante; aplicação da técnica com emprego total da força espiritual. grito libertado com o propósito de focalizar toda a energia em um único momento, manifestação de KIME
KIBA DACHI: Base mais estável, montado no cavalo. Também conhecido NAIFANCHI ou NAIHANCHI DACHI.
KIHON: Técnicas básicas.
KIKAI TANDEN: O centro físico e espiritual do ser humano, localizado a, mais ou menos, cinco centímetros abaixo do umbigo.
KIKEN: "Renuncia." O arbritro aponta um dedo para o concorrente
KIME: foco de potência; arremate; finalização
KI-NO-NAGARE: Técnicas fluídas.
KIMUSUBI: O elo do ki, a mistura de energias.
KI-O-TSUKE: "Atenção". Posição em que o lutador está em Musubi Dachi.
KIZAMI ZUKI: Soco com a mão que está a frente alongando.
KO BO ICHI: O conceito de “conexão" de Ataque-defesa.
KO UCHI: Golpe com a parte externa do pulso, também conhecido como KAKUTO UCHI.
KO UKE: Defesa com a parte externa do pulso, também conhecido como KAKUTO UKE
KOHAI: Júnior; alguém com menos experiência; ao contrário de Sempai.
KOKEN: Articulação do pulso das costas da mão.
KOKORO: “Espírito, Coração”. Na cultura japonesa, o espírito mora no coração
KOKUTSU DACHI: Posição ou base em que 70% do peso permanece atrás.
KOKYU: O sopro da vida, sopro vital do cosmos; tecnicamente, "boa harmonia."
KOKYU-HO: Exercícios especiais para desenvolver o poder da respiração.
KOKYU-ROKU: Poder da respiração com algo distinto do poder físico puro.
KOKYU-UNDO: Exercícios de movimentos respiratórios, realizados sentados ou em pé.
KOSA DACHI: Posição em que as pernas estão cruzadas.
KOSHIN: Traseiro.
KUATSU: O método de ressuscitar uma pessoa por perdeu os sentidos devido a estrangulamento ou choque.
KUDEN: "Ensinamentos secretos," transmitidos oralmente; implica numa transmissão direta, pessoa-a-pessoa, coração-a-coração.
KUMADE: Pata de urso. Todos os dedos.
KUMANO: Distrito antigo na prefeitura de Wakayama, considerado o centro da espiritualidade japonesa.
KUMI: Ataque, pegar, agarrar.
KUMI-JO: Treino de bastão com parceiro.
KYO: Conjunto de técnicas.
KYU: graduação de faixas inferior a preta
KYUDAN: Faixa preta de nono grau.
KYUSHO WAZA: Técnicas de pontos de pressão.

M:
MA-AI: Intervalo correto entre os parceiros; distanciamento perfeito.
MAKIWARA: alvo de treinamento feito de palha
MANDALA: Diagrama sagrado; mapa cósmico.
MASAKATSU AGATSU: "Verdadeira vitória é auto-vitória,"
MEN-UCHI: Golpe em direção a cabeça ou face.
MIGI: Direito(a).
MISOGI: Purificação do corpo e da mente.
MOKUSO: meditação
MUNADORI: Ser segurado na região do peito.
MUSHIN: Estado de integração entre a mente e o corpo no qual a mente acha-se livre de ilusões
MAAI GA TOH: distancia não formal (incorreta)
MAE: Frente.
ASHI GERI: Chutando com a perna dianteira
MAE EMPI: golpe de cotovelo para frente.
MAE GERI KEAGE: Pontapé repentino dianteiro. Também MAE KEAGE.
MAE GERI KEKOMI: Pontapé dianteiro profundo. Também MAE KEKOMI.
MAE UKEMI: técnica para frente.
MAKOTO: Um sentimento de sinceridade absoluta e franquesa total que requer uma mente totalmente livre de pensamentos.
MANABU: Método de aprender imitando e seguindo o instrutor
MANJI UKE: Bloqueio ou defasa dupla, onde um braço executa GEDAN BARAI para um lado, enquanto o outro executa JODAN UCHI UKE (ou JODAN SOTO YOKO TE).
MATTE: "Espera".
MAWASHI EMPI UCHI: Cotovelada circula também conhecido como MAWASHI HIJI ATE.
MAWASHI GERI: Chute circular.
MAWASHI HIJI ATE: Cotovelada circula também conhecido como MAWASHI EMPI UCHI.
ZUKI: Soco circular.
MAWAT-TE: Comando do instrutor para os alunos virar.
MENKYU: Sistema de atribuição de Títulos(relacionado a uma arte marcial real)Kakuto Bu-jutsu. Data de 1600 para trás. Não é um sistema de atribuição de "Graus", pelo modelo militar.
MIENAI: "Eu não pude ver." Indicação dos juizes auxiliares sobre determinada técnica.
MIGI: Direita.
MIKAZUKI GERI: Pontapé crescente.
MOKUSO: Meditação
MOROTE UKE: Bloqueio aumentando. Um braço apoia o outro com o punho.
MOROTE ZUKI: Perfurando simultaneamente com ambos os punhos. Também conhecido como AWASE ZUKI.
MOTO NO ICHI: "posição original ." Comando do juiz para que os lutadores voltem as suas linhas iniciais.
MUDANSHA: Alunos que se preparam para exame de faixa preta.
MUBOBI: Advertência por descuido com sua própria segurança

N:
NAGARE: Fluxo; fluxo ininterrupto de ki durante a execução de uma técnica.
NAGE: "Aquele que arremessa," o defensor que aplica a técnica contra o atacante.
NAOTE: Voltar a posição
NEN: Concentração
NUKITE: "Mão de espada". Ataque desferido com a ponta dos dedos.
NUNCHAKU: Arma Okinawense que consiste em bastões unidos por corda ou corrente. Foi originalmente utilizado pelos Okinawenses como instrumento de colheita para destroçar palha de arroz.


O:
OBI: faixa que prende o uniforme de treino
ONEGAI SHIMASU: "Boas vindas dado ao aluno qundo inicia a prática”
OSAE UKE: Bloqueio ou defasa para baixo.
OSOI: Devagar, lento.
OTOSHI EMPI UCHI: Golpe de cotovelo para baixo.
OTOSHI-UKE: Bloqueio como tetsui, (Jion)
OSAE UKE: Defesa para baixo como TEICHO UKE em forma de pressão, também chamado de SHOTEI OSAE UKE
OYAYUBI IPPON KEN: Junta do dedo polegar.
OYO WAZA: Aplicação da interpretação das técnicas de um KATA, varindo de acordo com as condições do momento.

R:
REI: Respeito, curvar-se abaixo do mais graduado
REIGI: Etiqueta. Manter e buscar sempre a etiqueta formal. Mesmo em uma luta manter sempre a senceridade.
REINOJI DACHI: Base em que os pés forman um “L”
RENSEI: Observar e criticar o desempenho dos competidores num torneio.
RENSHI: "Uma pessoa que dominou a si mesma." Um especialista das técnicas daquele sistema


S:
SAGARU: Recuar ou desviar-se.
SAGI ASHI DACHI: Igual a GANKAKU DACHI ou TSURU ASHI DACHI.
SAI: Uma arma de Okinawa que é moldada em forma de tridente com o dente do meio maior.
SANBON KUMITE: Luta de três passos.
SANBON SHOBU: Luta de três pontos. Usado em torneios.
DACHI: Postura ou base em forma circular.
SASHITE: Elevando a mão para golpear, agarrar, ou bloquear.
SAYONARA: Adeus, até logo.
SEIKEN: junta frontal da mão formada pela articulação do dedo indicador e anular.
SEIRYUTO: técnica que usa a base do SHUTO, proximo a articulação
SEIZA: Maneira correta de sentar formalmente sobre os joelhos
SEMPAI: O estudante mais antigo.
SEN NO SEM: Atacando no momento exato, não deixando o oponente fazer nada.
SEN SEN NO SEM: Atacando antes dos ataques do oponente. Antecipando-os.
SENSEI: Palavra respeitosa que indica professor. Indica tanto respeito que o próprio professor não0 pode usá-la referindo-se a si mesmo.
SHIAI: Uma luta de uma competição.
SHIDOIN: Instrutor assistente.
SHIHAN: “Mestre” Título dado ao mais antigo ou sábio dos professores. Professor dos professores.
SHIKKAKU: Desqualificação. Expulsão de uma competição.
SANBON.
SHIKO DACHI: base ou posição quadrada. Pés voltados para a lateral. Usado pelo Goju-ryu e Shito-ryu
SHIRO: Branco
SHIZENTAI: posição natural - corpo fica relaxado mas alerta
SHOBU HAJIME: Comando para começar uma prorrogação de luta
SHOMEN: Frente ou topo da cabeça. Também a frente de um Dojo.
SHOTOKAN: Escola de Karate fundada por Gichin Funakoshi.
SHUGO: Juiz principal chama os auxiliares com movimento de braços.
SHUTO: A lâmina da mão. Extensão carnosa que vai do punho ao dedo mínimo.
SHUTO UKE: Defesa com a faca de mão.
SOCHIN DACHI: posição estavel também chamado de FUDO DACHI.
SOKUTO: lateral ou faca do pé.
SOTO (UDE) UKE: Bloqueio ou defesa com a parte de fora do braço.
SOTO YOKO TE: O mesmo que UCHI UDE UKE.
SUKUI TE: O mesmo que SUKUI UKE.SUKUI UKE: Bloqueio ou defesa escavando.
SUWARI WAZA: Técnicas usadas a partir da posição sentado.

T:
TAI SABAKI: Esquiva. Movimento em círculo.
TAIMING GA OSOI: parar a cronometragem.
TATE: Levante-se.
EMPI: Golpe de cotovelo para cima.
TATE URAKEN UCHI: Ataque Vertical com a parte de trás do punho.
TATE ZUKI: Soco Vertical com a outra mão apoiando o braço
TEIJI DACHI: Base ou posição coms os pés formando um “T”
TEISHO UCHI: pancada com a palma da mão.
TEISHO UKE: Bloqueio ou defesa com o calcanhar da mão.
TEISHO YOKO UKE: Bloqueio lateral em kibadachi (Jion)
TETTSUI UCHI: Pancada de martelo KENTSUI.
TOBI GERI: Chute Saltando.
TONFA: Ferramenta de agricultura transformada em arma pelos Okinawenses
TORANAI: "Nenhum ponto"TORIMASEN: "nenhuma técnica pontuavel." Cancelamento de uma indicação anterior.
TSUKAMI WAZA: técnica de agarrar a arma(arma, perna ou braço)do adversário.
TSUKI: Soco em forma de punhalada
TSURU ASHI DACHI: Posição do Grou, também chamado de GANKAKU DACHI e SAGI ASHI DACHI.
TSUZUKETE: Voltar à luta.
TSUZUKETE HAJIME: "Iniciar uma luta” o árbitro dá um passo atrás em ZENKUTSU DACHI
TUITE: habilidades lutando.

U:
UCHI (UDE) UKE: Bloqueio com a parte interna do antebraço.
UCHI DESHI: Estudante que vive em um dojo. Dedicando tempo integral ao treinamento e as vezes aos serviços pessoais do Sensei.
UCHI MAWASHI GERI: Dentro de um chute circular.
UCHI YOKO TE: O mesmo que SOTO UDE UKE.
UDE: Braço.UKE: Bloqueio ou defesa
UKEMI WAZA: tecnicas de traumatizar.
URA ZUKI: Soco subindo (mão invertida)
URAKEN: Atrás das juntas dos dedos indicador e anular.
USHIRO EMPI UCHI: Golpeando com o cotovelo para tras.
USHIRO GERI: Chute para tras.


W:
WA-UKE: Um bloqueio onde a mão percorre um caminho como se estivese limpando uma parede a sua frente. No final inclina-se a mesma para fora. Defesa usada no kata Shimpa.
WAZA: Técnicas
WAZA ARI: "Meio ponto"


Y:
YAMA ZUKI: Soco em forma de “U”. (Bassai-Daí)
YAME: Pare!
YASSME: Relaxar, repousar.
YOI: preparar
YOKO: Lado.
YOKO GERI KEAGE: Pontapé repentino lateral. Também chamado de YOKO KEAGE.YOKO GERI KEKOMI: Pontapé de punhalada. Também chamado de YOKO KEKOMI.
YOKO MAWASHI EMPI UCHI: Golpeando com o cotovelo para o lado.
YOKO TOBI GERI: pontapé lateral voador.
YORY ASHI: Movimento simultâneo de pés
YOSHI: Continuem! Prossigam a luta!
YOWAI: fraco
YUDANSHA: praticante graduado; faixa preta (qualquer grau)


Z:
ZANSHIN: estado de reserva mental/ espiritual
ZAREI: cumprimento sentado
ZAZEN: meditação sentado
ZENKUTSU DACHI; base avançada. 70% do peso à frente.
ZENSHIN: Posição a frente atento a luta.

PARTES DO CORPO
MEN: Cabeça
SHOMEN: Topo da cabeça
YOKOMEN:Lado da cabeça
HANA: Nariz
KASUMI: Têmpora
MIKEN: Olhos
KUBI: Pescoço
KATA: Ombro
WAN: Braço
HAI WAN: Atrás do braço
EMPI/HIJI: Cotovelo
UDE: Antebraço
KAKUTO: Curva do Pulso
KOTE: Junta do pulso
SHO: Palma
TEISHO: Parte de baixo da palma
KAISHO: Mão Aberta
KEN: Punho
DO: Torso
MIZUOCHI: Plexo Solar
MUNE: Estômago
TANDEN: Umbigo
GOSHI: Quadril
ASHI: Perna
MOMO: Coxa
HIZA: Joelho
HIZAGASHIRA: Patela
ASHI: Pé
KAKATO: Calcanhar
KOSHI: Sola do pé
SOKUTO: Faca do pé
TSUMASAKI: Ponta dos dedos

DIREÇÕES:
Mae: à frente, na frente, para a frente.
Ushiro: Atrás
Yoko: Lado
Hidari: Esquerda
Migi: Direita
Naname: Diagonal
Uchi: De dentro para fora
Soto: De fora para dentro
Mawashi: Circular
Age: Levantando
Oroshi: Descendo
Jodan: Altura do rosto
Chudan: Altura do peito
Gedan: Altura da virilha


NÚMEROS:
Até 10:
1- Ichi
2 - Ni
3 - San
4 - Shi / Yon
5 - Go
6 - Rokku
7 - Sichi / Nana
8 - Hachi
9 - Kyu
10 - Jyu
Depois são composições dos 10 primeiros. Ex 12 (10+2)= Jyu Ni
De 20 para frente é dito 2x10 ou Ni Jyu, 36 San Jyu Rokku, 37 San Jyu Sichi...
Para cima de 100 é basicamente o mesmo.
O nome para 100 é Hyaku.
Então 101 é Hyaku Ichi, 102 é Hyaku Ni...
Sabendo isso já dá para traduzir o nome de alguns Katas. Por exemplo Gojushiho ou Nijushiho, já que você sabia que "ho" significa "passos".